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Evo Morales promete a Lula segurança nos investimentos
O presidente eleito da Bolívia, Evo Morales, garantiu na sexta-feira ao presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que não expropriará bases petrolíferas e ofereceu segurança jurídica aos investimentos.
Morales fez comentários "muito positivos", confirmou que não haverá expropriações e "ofereceu segurança jurídica", disse o assessor de política externa de Lula, Marco Aurélio Garcia, ao final da reunião entre os dois presidentes.
O Brasil, principal investidor estrangeiro na Bolívia, recebeu nesta sexta-feira com tapete vermelho e honras de chefe de Estado ao recém-eleito Morales, com quem Lula discutiu preocupações sobre assuntos de energia e investimentos.
Morales, primeiro indígena a governar a Bolívia, a partir do dia 22, chegou a Brasília como parte de uma viagem mundial. O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, também participou da reunião.
A principal preocupação do Planalto e da Petrobras é a adaptação dos contratos de exploração de gás natural à nova lei de hidrocarbonetos aprovada em 2005 na Bolívia, que aumentou os impostos sobre empresas petrolíferas estrangeiras, disseram diplomatas sul-americanos à Reuters.
Após a aprovação dessa lei, a Petrobras reduziu seus investimentos na Bolívia aos níveis necessários para manter suas operações.
"Lula e o presidente da Petrobras disseram a Morales que a Petrobras é a única empresa que não discutiu a nova lei de hidrocarbonetos", disse Garcia, segundo quem será criada uma comissão mista entre os dois países para rever contratos e convênios e estabelecer novas áreas de cooperação.
Um dos projetos bilaterais que poderia envolver a Petrobras e a YPFB (estatal boliviana do setor) é a construção de um pólo gás-químico na fronteira.
Recentemente, um importante executivo da Petrobras disse que a YPFB poderia assumir uma participação em duas refinarias controladas pela empresa brasileira na Bolívia, o país mais pobre da América do Sul, mas que possui a segunda maior reserva de hidrocarbonetos da região, atrás apenas da Venezuela.
A Petrobras controla cerca de 10 por cento das reservas de gás natural bolivianas e é dona das duas refinarias do país, em Santa Cruz de la Sierra e Cochabamba. A empresa também opera o gasoduto Brasil-Bolívia, que chega até São Paulo. O Brasil importa cerca de 30 milhões de metros cúbicos de gás boliviano por dia.
Lula, que ainda na campanha eleitoral boliviana manifestou sua preferência por Morales, já havia recebido o candidato antes de sua consagração nas urnas. Na ocasião, o líder indígena antecipou que não confiscaria bens de empresas brasileiras e que gostaria que a Petrobras se tornasse sócia da debilitada YPFB.
Morales fez comentários "muito positivos", confirmou que não haverá expropriações e "ofereceu segurança jurídica", disse o assessor de política externa de Lula, Marco Aurélio Garcia, ao final da reunião entre os dois presidentes.
O Brasil, principal investidor estrangeiro na Bolívia, recebeu nesta sexta-feira com tapete vermelho e honras de chefe de Estado ao recém-eleito Morales, com quem Lula discutiu preocupações sobre assuntos de energia e investimentos.
Morales, primeiro indígena a governar a Bolívia, a partir do dia 22, chegou a Brasília como parte de uma viagem mundial. O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, também participou da reunião.
A principal preocupação do Planalto e da Petrobras é a adaptação dos contratos de exploração de gás natural à nova lei de hidrocarbonetos aprovada em 2005 na Bolívia, que aumentou os impostos sobre empresas petrolíferas estrangeiras, disseram diplomatas sul-americanos à Reuters.
Após a aprovação dessa lei, a Petrobras reduziu seus investimentos na Bolívia aos níveis necessários para manter suas operações.
"Lula e o presidente da Petrobras disseram a Morales que a Petrobras é a única empresa que não discutiu a nova lei de hidrocarbonetos", disse Garcia, segundo quem será criada uma comissão mista entre os dois países para rever contratos e convênios e estabelecer novas áreas de cooperação.
Um dos projetos bilaterais que poderia envolver a Petrobras e a YPFB (estatal boliviana do setor) é a construção de um pólo gás-químico na fronteira.
Recentemente, um importante executivo da Petrobras disse que a YPFB poderia assumir uma participação em duas refinarias controladas pela empresa brasileira na Bolívia, o país mais pobre da América do Sul, mas que possui a segunda maior reserva de hidrocarbonetos da região, atrás apenas da Venezuela.
A Petrobras controla cerca de 10 por cento das reservas de gás natural bolivianas e é dona das duas refinarias do país, em Santa Cruz de la Sierra e Cochabamba. A empresa também opera o gasoduto Brasil-Bolívia, que chega até São Paulo. O Brasil importa cerca de 30 milhões de metros cúbicos de gás boliviano por dia.
Lula, que ainda na campanha eleitoral boliviana manifestou sua preferência por Morales, já havia recebido o candidato antes de sua consagração nas urnas. Na ocasião, o líder indígena antecipou que não confiscaria bens de empresas brasileiras e que gostaria que a Petrobras se tornasse sócia da debilitada YPFB.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/325119/visualizar/
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