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Prisões políticas cresceram em Cuba, diz grupo ativista
O número de cubanos presos por motivos políticos subiu para 333 no ano passado e a expectativa é de mais repressão em 2006, com o crescimento do descontentamento com o sistema comunista, disse na quarta-feira o principal grupo de defesa dos direitos humanos da ilha.
A ONG Comissão Cubana pelos Direitos Humanos e pela Reconciliação Nacional afirmou que o número de prisioneiros políticos aumentou de 294, no fim de 2004, para 333 em 2005. Quinze dissidentes presos obtiveram liberdade condicional por motivos médicos.
O número de presos políticos pode ser maior, mas não há como saber, porque Cuba não permite que a Cruz Vermelha tenha acesso a seu sistema penal, composto por mais de 200 prisões e campos prisionais, afirmou o relatório anual do grupo.
"Junto com a Coréia do Norte, Cuba é um dos poucos países do mundo que proíbem esse tipo de acesso", disse o documento.
Segundo a Anistia Internacional, Cuba tem 80 presos políticos, mais que qualquer outro país ocidental.
A comissão acusou o presidente Fidel Castro de incentivar "atos de repúdio" ou manifestações hostis diante das casas dos dissidentes.
"Nossa expectativa é de que a situação dos direitos civis, políticos e econômicos em Cuba se agrave este ano, já que o descontentamento popular continuará crescendo", afirmou o chefe da ONG, Elizardo Sanchez.
"O governo vai responder à insatisfação — espontânea ou organizada — com mais repressão", disse ele.
O ativista veterano afirmou que o pequeno movimento dissidente cubano não é organizado o suficiente para canalizar o descontentamento crescente na ilha, que tem 11 milhões de habitantes.
O dividido movimento pró-democracia de Cuba sofreu um duro golpe em março de 2003, quando 75 de seus líderes foram presos e condenados a sentenças de até 28 anos de cadeia, acusados de conspirar com os Estados Unidos para derrubar o governo unipartidário cubano. Apenas 15 deles conseguiram liberdade condicional por motivos médicos.
Fidel, de 79 anos, costuma chamar os dissidentes de funcionários do governo dos EUA.
Um grupo de mulheres e mães de dissidentes cubanos presos — conhecido como Mulheres de Branco, porque elas caminham vestidas de branco todo domingo em sinal de protesto — ganhou no ano passado a principal premiação de direitos humanos da Europa, o Prêmio Sakharov.
Mas as autoridades não permitiram que elas fossem ao Parlamento Europeu para recebê-lo e ainda realizaram manifestações de repúdio diante das casas delas, disse Dolia Leal, uma das fundadoras do grupo.
Reforçado pelas relações econômicas com a Venezuela e com a China, o governo cubano registrou um crescimento econômico de 11,8 por cento no ano passado, o mais alto desde que Fidel assumiu o poder, em 1959. Mesmo assim, para Sanchez, os salários baixos e a má qualidade dos serviços públicos estão alimentando a insatisfação pública.
A ONG Comissão Cubana pelos Direitos Humanos e pela Reconciliação Nacional afirmou que o número de prisioneiros políticos aumentou de 294, no fim de 2004, para 333 em 2005. Quinze dissidentes presos obtiveram liberdade condicional por motivos médicos.
O número de presos políticos pode ser maior, mas não há como saber, porque Cuba não permite que a Cruz Vermelha tenha acesso a seu sistema penal, composto por mais de 200 prisões e campos prisionais, afirmou o relatório anual do grupo.
"Junto com a Coréia do Norte, Cuba é um dos poucos países do mundo que proíbem esse tipo de acesso", disse o documento.
Segundo a Anistia Internacional, Cuba tem 80 presos políticos, mais que qualquer outro país ocidental.
A comissão acusou o presidente Fidel Castro de incentivar "atos de repúdio" ou manifestações hostis diante das casas dos dissidentes.
"Nossa expectativa é de que a situação dos direitos civis, políticos e econômicos em Cuba se agrave este ano, já que o descontentamento popular continuará crescendo", afirmou o chefe da ONG, Elizardo Sanchez.
"O governo vai responder à insatisfação — espontânea ou organizada — com mais repressão", disse ele.
O ativista veterano afirmou que o pequeno movimento dissidente cubano não é organizado o suficiente para canalizar o descontentamento crescente na ilha, que tem 11 milhões de habitantes.
O dividido movimento pró-democracia de Cuba sofreu um duro golpe em março de 2003, quando 75 de seus líderes foram presos e condenados a sentenças de até 28 anos de cadeia, acusados de conspirar com os Estados Unidos para derrubar o governo unipartidário cubano. Apenas 15 deles conseguiram liberdade condicional por motivos médicos.
Fidel, de 79 anos, costuma chamar os dissidentes de funcionários do governo dos EUA.
Um grupo de mulheres e mães de dissidentes cubanos presos — conhecido como Mulheres de Branco, porque elas caminham vestidas de branco todo domingo em sinal de protesto — ganhou no ano passado a principal premiação de direitos humanos da Europa, o Prêmio Sakharov.
Mas as autoridades não permitiram que elas fossem ao Parlamento Europeu para recebê-lo e ainda realizaram manifestações de repúdio diante das casas delas, disse Dolia Leal, uma das fundadoras do grupo.
Reforçado pelas relações econômicas com a Venezuela e com a China, o governo cubano registrou um crescimento econômico de 11,8 por cento no ano passado, o mais alto desde que Fidel assumiu o poder, em 1959. Mesmo assim, para Sanchez, os salários baixos e a má qualidade dos serviços públicos estão alimentando a insatisfação pública.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/325812/visualizar/
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