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Politica Brasil
Quarta - 11 de Janeiro de 2006 às 13:51
Por: Iara Borges e Paulo Vasco

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Sub-relator quer dados sobre repasse de recursos de Furnas para caixa de assistência O deputado Carlos Willian (PTC-MG), que coordena os trabalhos da Sub-relatoria do IRB - Brasil Resseguros S.A., quer que a Caixa de Assistência aos Empregados de Furnas e Eletronuclear (Caefe) envie à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios informações a respeito de R$ 28 milhões repassados por Furnas Centrais Elétricas S.A. à caixa de assistência entre 2002 e 2005.

Em reunião da sub-relatoria nesta quarta-feira (11), o deputado afirmou que, no período em que o depoente Rodrigo Botelho Campos era diretor da estatal, a Caefe recebeu de Furnas cerca de R$ 20 milhões. Willian informou também que o Tribunal de Contas da União (TCU) não recebeu prestação de contas da caixa de assistência. O ex-diretor da estatal disse, no entanto, que a Caefe publica seus balanços em boletim administrativo de acesso público.

Carlos Williansugeriu a convocação de outro ex-diretor de Furnas, Dimas Fabiano Toledo, devido a irregularidades ocorridas durantesua gestão. O deputado afirmou que, em 2002, ano eleitoral, a estatal efetuou pagamentos não-formais em valores que chegaram a mais de R$ 8,5 bilhões. No ano seguinte, essa modalidade de pagamento, disse Willian, ficou em torno de R$ 4 bilhões.

Rodrigo Botelho Campos foi chamado a depor na condição de testemunha. Funcionário de carreira da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), foi afastado da diretoria de Furnas em junho do ano passado, depois de o então deputado Roberto Jefferson ter denunciado um suposto esquema de desvio de dinheiro da estatal para beneficiar o PT. Segundo nota divulgada àquela época pela presidência de Furnas, Rodrigo Campos negou que tivesse encaminhado doações ao partido.

Em seu depoimento, o ex-diretor de Furnas garantiu que, durante sua gestão, todos os contratos com seguradoras foram realizados por meio de licitação. Ele afirmou ainda que não indicou nenhum corretor de seguro para participar do processo licitatório.

Rodrigo Campos informou também que o tema seguro recebeu relevância na estatal a partir de sua gestão, quando instituiu um comitê de seguros, com a participação de todas as diretorias da empresa. Ele contou que pediu ao comitê a definição de uma estratégia para evitar o aumento dos valores das apólices de seguros e que as alternativas apresentadas pelo comitê incluíam a redefinição técnica do escopo dos equipamentos e o aumento da franquia do seguro. Com os estudos realizados pelo comitê de seguros, foi possível, segundo o depoente, firmar contrato com a Assurê Corretora de Seguros, no valor de R$ 9 milhões - R$ 6 milhões a menos do que o estimado com as regras anteriores.





Fonte: Agência Senado

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