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Canibal alemão deve ser julgado novamente, agora por assassinato
BERLIM (Reuters) - Um alemão que matou e comeu uma vítima voluntária pode ser condenado a uma pena mais dura no novo julgamento, marcado para começar na quinta-feira, sobre um crime que continua a causar horror e a despertar interesse.
Armin Meiwes, 44, foi condenado por homicídio culposo (sem intenção de matar) e recebeu uma pena de oito anos e meio de prisão em janeiro de 2004 por ter cortado em pedaços e ter comido um homem com o qual se encontrou três anos antes por meio da internet.
A Suprema Corte da Alemanha, no entanto, decidiu em abril passado que a sentença havia sido leve demais e que Meiwes deveria submeter-se a um segundo julgamento sob a acusação de assassinato.
As cortes alemãs encarregadas de julgar casos uma segunda vez não são obrigadas a seguir a orientação da Suprema Corte, mas normalmente o fazem. No entanto, segundo especialistas, esse é um caso muito diferente de qualquer outro.
Meiwes, um técnico de computação, confessou ter matado o especialista em computadores Bernd-Juergen Brandes, 42, mas conseguiu escapar da condenação por homicídio doloso (com intenção de matar) e de uma possível pena de prisão perpétua porque a vítima havia pedido para ser comida.
A promotoria argumentou que o réu deveria ser condenado por assassinato porque matou para satisfazer desejos perversos.
O defensor Harald Ermel argumentou que a única motivação de Meiwes havia sido satisfazer o desejo de sua vítima e que seu único crime era o de "matar por solicitação", uma forma de eutanásia ilegal punida com no máximo cinco anos de prisão na Alemanha.
Ermel não quis fazer comentários sobre o caso antes do julgamento de quinta-feira, mas disse, na segunda, que tentaria impedir a divulgação, prevista para março, do filme "Rotenburg", baseado na vida de Meiwes e cujo título faz referência à cidade em que o canibal morava, na região central da Alemanha.
Em sua casa, em um "quarto de açougueiro" equipado com uma mesa de cortar carne, um gancho para peças de carne e uma gaiola, Meiwes cortou o pênis de Brandes e os dois tentaram comê-lo.
Mais tarde, ele matou Brandes, então inconsciente devido à perda de sangue, dividiu o corpo dele em pedaços e congelou-o. Nos meses seguintes, comeu cerca de 20 quilos dessa carne.
Segundo psiquiatras, Meiwes é uma pessoa profundamente perturbada, mas sã.
A corte encarregada do novo julgamento precisa examinar as motivações do réu e se perguntar se elas são suficientes para caracterizar um assassinato.
A Suprema Corte afirmou que a condenação inicial ignorou o fato de Meiwes ter gravado todo o procedimento como gratificação sexual.
Mas há algumas questões que o novo julgamento, previsto para durar até março, nunca se perguntará nesse caso bizarro de fetichismo sexual. Entre as quais: que tipo de pessoa desejaria ser literalmente devorada?
Armin Meiwes, 44, foi condenado por homicídio culposo (sem intenção de matar) e recebeu uma pena de oito anos e meio de prisão em janeiro de 2004 por ter cortado em pedaços e ter comido um homem com o qual se encontrou três anos antes por meio da internet.
A Suprema Corte da Alemanha, no entanto, decidiu em abril passado que a sentença havia sido leve demais e que Meiwes deveria submeter-se a um segundo julgamento sob a acusação de assassinato.
As cortes alemãs encarregadas de julgar casos uma segunda vez não são obrigadas a seguir a orientação da Suprema Corte, mas normalmente o fazem. No entanto, segundo especialistas, esse é um caso muito diferente de qualquer outro.
Meiwes, um técnico de computação, confessou ter matado o especialista em computadores Bernd-Juergen Brandes, 42, mas conseguiu escapar da condenação por homicídio doloso (com intenção de matar) e de uma possível pena de prisão perpétua porque a vítima havia pedido para ser comida.
A promotoria argumentou que o réu deveria ser condenado por assassinato porque matou para satisfazer desejos perversos.
O defensor Harald Ermel argumentou que a única motivação de Meiwes havia sido satisfazer o desejo de sua vítima e que seu único crime era o de "matar por solicitação", uma forma de eutanásia ilegal punida com no máximo cinco anos de prisão na Alemanha.
Ermel não quis fazer comentários sobre o caso antes do julgamento de quinta-feira, mas disse, na segunda, que tentaria impedir a divulgação, prevista para março, do filme "Rotenburg", baseado na vida de Meiwes e cujo título faz referência à cidade em que o canibal morava, na região central da Alemanha.
Em sua casa, em um "quarto de açougueiro" equipado com uma mesa de cortar carne, um gancho para peças de carne e uma gaiola, Meiwes cortou o pênis de Brandes e os dois tentaram comê-lo.
Mais tarde, ele matou Brandes, então inconsciente devido à perda de sangue, dividiu o corpo dele em pedaços e congelou-o. Nos meses seguintes, comeu cerca de 20 quilos dessa carne.
Segundo psiquiatras, Meiwes é uma pessoa profundamente perturbada, mas sã.
A corte encarregada do novo julgamento precisa examinar as motivações do réu e se perguntar se elas são suficientes para caracterizar um assassinato.
A Suprema Corte afirmou que a condenação inicial ignorou o fato de Meiwes ter gravado todo o procedimento como gratificação sexual.
Mas há algumas questões que o novo julgamento, previsto para durar até março, nunca se perguntará nesse caso bizarro de fetichismo sexual. Entre as quais: que tipo de pessoa desejaria ser literalmente devorada?
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/325865/visualizar/
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