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Politica Brasil
Quarta - 11 de Janeiro de 2006 às 06:19
Por: Noelma de Oliveira

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A nova engenharia política permitiu que partidos adversários do prefeito Wilson Santos (PSDB) na campanha eleitoral de 2004 hoje ocupem pastas estratégicas na administração da Capital. PP e PL, que nos dois turnos da eleição estiveram com o então candidato do PT,

Alexandre Cesar, não só têm espaço na gestão como dirigem secretarias de maiores orçamentos, como Educação e Trânsito e Transportes Urbanos.

À frente da Secretaria de Trânsito e Transportes Urbanos (SMTU), Emanuel Pinheiro, quando foi indicado para o cargo, estava no PDT. Mesmo com a mudança de partido, continuou na função. O posicionamento reforça a tese de pedetistas de que a indicação de Pinheiro é de cunho pessoal do prefeito e não da legenda, que foi a primeira a apoiar o tucano e até o momento não foi oferecido qualquer espaço no primeiro escalão.

Na secretaria de Educação, o professor-doutor João Pedro Valente, antes no PSB, trocou de partido junto com o deputado Eliene Lima, responsável pela sua indicação à pasta. Ambos estão no PP. Porém, um grupo de dissidentes da sigla, que preferiu apoiar Wilson Santos no segundo turno das eleições, não conseguiu reverter o apoio em participação no governo, quer dizer, em cargo, como prometera o tucano. Alguns progressistas continuam insatisfeitos.

Amigo há décadas de Wilson, o secretário interino de Planejamento, Orçamento e Gestão, Reginaldo Amorim, tem sido alvo de críticas porque na campanha apoiou o candidato do PT, Alexandre Cesar. Passada a disputa, os dois se reaproximaram. Divergências à parte, Amorim deve ser efetivado ainda este mês como titular da pasta.

O quadro atual tem gerado uma série de insatisfações contra o prefeito. Também muitas das indicações feitas pelos partidos não se adequaram aos critérios impostos pelo tucano para ocupar os cargos DAS, sobretudo para as funções de direção, gerência, superintendência, entre outros cargos.

Em contrapartida, a reclamação de partidos aliados é constante. A direção municipal do PSB aguarda o retorno do prefeito para agendar mais uma rodada de reunião para indicar um nome do partido para compor o staff. Mesmo sendo do PSB, a escolha de Dilemário Alencar para presidir a Cuiabá-Prev não contempla a direção local.

Além do PSB, tem a situação do PDT. O prefeito teria estabelecido um prazo até dezembro para redesenhar a estrutura e tentar inserir o partido na gestão municipal. Portanto, a legenda continua esperando um retorno do chefe do Executivo.

O deputado Carlos Brito, também no início da semana, reclamou do posicionamento do prefeito, que sequer o chamou para fazer qualquer avaliação de gestão deste primeiro ano. Outra contestação está relacionada à forma que Wilson Santos vem tratando os aliados em detrimento dos adversários.

Não só os aliados, como pessoas ligadas ao prefeito têm reclamado do espaço que ele tem destinado aos adversários.




Fonte: Diário de Cuiabá

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