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Politica Brasil
Terça - 10 de Janeiro de 2006 às 15:42
Por: Clarissa Oliveira

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São Paulo - Apenas um dia após ter dito que não há uma divisão dentro no PSDB, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, deu indícios de que uma eventual disputa interna pela escolha do candidato que irá representar o partido na próxima eleição presidencial seria positiva por oferecer uma pluralidade de alternativas. Na manhã de hoje, após entregar 64 novas viaturas para a Polícia Civil de São Paulo, Alckmin sugeriu que não quer ser candidato por falta de opção mas sim representar a real vontade da legenda na corrida presidencial.

"Não quero ser candidato, como se diz no esporte, por W.O.: ninguém quer, então vai você", disse Alckmin, em referência ao termo usado no meio esportivo para dar a vitória a um time quando o outro foi incapacitado de comparecer ao jogo. "É muito bom você ter várias opções para poder refletir bastante e escolher bem".

Durante a entrevista na sede do Detran-SP, Alckmin ressaltou a necessidade do cumprimento de promessas de campanha ao comentar o fato de o presidente Lula não ter sido capaz, até o momento, de atingir algumas das metas firmadas antes de se eleger. Mas ao responder se esta postura não deveria ser adotada também pelo prefeito José Serra em seu compromisso de não deixar a prefeitura de São Paulo para disputar a Presidência, Alckmin se limitou a dizer que "este é um assunto que cabe ao prefeito responder".

Alckmin também evitou muitos comentários sobre a possibilidade de se deparar com uma outra disputa, dessa vez com o prefeito do Rio de Janeiro, César Maia (PFL). Questionado sobre o fato de Maia ter dito que a pré-candidatura do governador paulista representa um incentivo para que ele próprio se candidate, Alckmin disse apenas: "Eu gosto do César Maia. Passei a ter mais apreço por ele quando vi que ele gosta de xadrez. O governador não deu um cheque mate, deu um cheque de dama, né? Eu fiz um grande roque (lance em que rei e torre trocam de lugar)? Gostei da conversa", ironizou.

Alckmin, que anunciou ontem que deixará o governo em março para disputar a eleição, manteve o tom de confiança e insistiu que sua pré-candidatura foi muito bem recebida no PDSB. "O pessoal está muito animado", afirmou o governador, voltando a defender também que sua saída do cargo é óbvia diante das circunstâncias em que se encontra. "É impressionante como na política coisas que são meio óbvias, que são a verdade pura, causam um certo impacto."

O governador aproveitou para ressaltar que não está preocupado com o fato de não ser conhecido nacionalmente com a mesma força de outros pré-candidatos à Presidência da República. "Alguém na Argentina sabia do nome do Néstor Kirchner?", questionou Alckmin. "Não, ele era governador de um Estado. Ninguém sabia, isso é sempre assim. É para isso que tem campanha eleitoral."

Campanha terá defesa de PPPs e concessões O governador de São Paulo pretende defender a implantação de parcerias público-privadas e de sistemas de concessão em sua campanha para a Presidência da República, caso seja de fato escolhido para representar o PSDB na corrida presidencial. O governador afirmou que esta seria a melhor alternativa para complementar uma política de investimentos públicos, assegurando a infra-estrutura necessária para promover o crescimento econômico do País.

"O investimento público é insubstituível, mas ele não é suficiente", afirmou Alckmin. "Aí, você soma o investimento privado através de concessão e de PPP", acrescentou. De acordo com o governador, as concessões aparecem como a melhor alternativa para elevar investimentos quando as tarifas cobradas pelas empresas são capazes de financiar um determinado projeto. Já as parcerias público-privadas seriam encaixadas nos casos em que a cobrança de tarifas é insuficiente para assegurar sua viabilidade.

"Nós todos queremos trabalhar para o Brasil crescer 5%, 6% ao ano, ter um crescimento forte, que é a vocação do País. Mas onde é que vai estar a infra-estrutura para isso", ressaltou o pré-candidato. Mantendo o discurso de pré-candidato, ele acrescentou que a administração paulista teve uma boa experiência em "recuperar um governo problemático".

As declarações de Alckmin foram feitas em resposta à possibilidade de adotar uma nova política de privatizações caso venha a ser eleito pelo PSDB para a Presidência da República. Alckmin coordenou parte das privatizações no Estado de São Paulo na época em que o governo estava sob o comando de Mário Covas. Mas, nos dias atuais, ele acredita que esta não seria a melhor alternativa para gerar investimentos.

"O caminho hoje não é tanto a privatização, mas sim as concessões", ressaltou o governador. "Na privatização você vende um ativo do governo e não vejo razão para isso", acrescentou. Alckmin já havia defendido o modelo de concessões em ocasiões anteriores. Recentemente, o governador paulista destacou esse tipo de iniciativa como uma das soluções para problemas enfrentados pelo governo federal no que se refere à manutenção de estradas.

Outro tema que poderá constar na campanha de Alckmin é a realização de reformas estruturais que continuam pendentes. Segundo ele, este é um tema que precisa ser tratado com um "sentimento de urgência". "Em 1º de janeiro de 2007, todas as reformas serão colocadas", disse o governador. Questionado sobre a capacidade do atual governo de realizar as reformas, Alckmin insistiu que não partirá para o ataque ao presidente Lula e ao PT como estratégia para se eleger. "Eu não farei campanha contra o presidente, contra o PT. Isso é bobagem e não leva ninguém a nada."

Alckmin diz que não quer ser candidato por W.O.

São Paulo - Apenas um dia após ter dito que não há uma divisão dentro no PSDB, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, deu indícios de que uma eventual disputa interna pela escolha do candidato que irá representar o partido na próxima eleição presidencial seria positiva por oferecer uma pluralidade de alternativas. Na manhã de hoje, após entregar 64 novas viaturas para a Polícia Civil de São Paulo, Alckmin sugeriu que não quer ser candidato por falta de opção mas sim representar a real vontade da legenda na corrida presidencial.

"Não quero ser candidato, como se diz no esporte, por W.O.: ninguém quer, então vai você", disse Alckmin, em referência ao termo usado no meio esportivo para dar a vitória a um time quando o outro foi incapacitado de comparecer ao jogo. "É muito bom você ter várias opções para poder refletir bastante e escolher bem".

Durante a entrevista na sede do Detran-SP, Alckmin ressaltou a necessidade do cumprimento de promessas de campanha ao comentar o fato de o presidente Lula não ter sido capaz, até o momento, de atingir algumas das metas firmadas antes de se eleger. Mas ao responder se esta postura não deveria ser adotada também pelo prefeito José Serra em seu compromisso de não deixar a prefeitura de São Paulo para disputar a Presidência, Alckmin se limitou a dizer que "este é um assunto que cabe ao prefeito responder".

Alckmin também evitou muitos comentários sobre a possibilidade de se deparar com uma outra disputa, dessa vez com o prefeito do Rio de Janeiro, César Maia (PFL). Questionado sobre o fato de Maia ter dito que a pré-candidatura do governador paulista representa um incentivo para que ele próprio se candidate, Alckmin disse apenas: "Eu gosto do César Maia. Passei a ter mais apreço por ele quando vi que ele gosta de xadrez. O governador não deu um cheque mate, deu um cheque de dama, né? Eu fiz um grande roque (lance em que rei e torre trocam de lugar)? Gostei da conversa", ironizou.

Alckmin, que anunciou ontem que deixará o governo em março para disputar a eleição, manteve o tom de confiança e insistiu que sua pré-candidatura foi muito bem recebida no PDSB. "O pessoal está muito animado", afirmou o governador, voltando a defender também que sua saída do cargo é óbvia diante das circunstâncias em que se encontra. "É impressionante como na política coisas que são meio óbvias, que são a verdade pura, causam um certo impacto."

O governador aproveitou para ressaltar que não está preocupado com o fato de não ser conhecido nacionalmente com a mesma força de outros pré-candidatos à Presidência da República. "Alguém na Argentina sabia do nome do Néstor Kirchner?", questionou Alckmin. "Não, ele era governador de um Estado. Ninguém sabia, isso é sempre assim. É para isso que tem campanha eleitoral."

Campanha terá defesa de PPPs e concessões O governador de São Paulo pretende defender a implantação de parcerias público-privadas e de sistemas de concessão em sua campanha para a Presidência da República, caso seja de fato escolhido para representar o PSDB na corrida presidencial. O governador afirmou que esta seria a melhor alternativa para complementar uma política de investimentos públicos, assegurando a infra-estrutura necessária para promover o crescimento econômico do País.

"O investimento público é insubstituível, mas ele não é suficiente", afirmou Alckmin. "Aí, você soma o investimento privado através de concessão e de PPP", acrescentou. De acordo com o governador, as concessões aparecem como a melhor alternativa para elevar investimentos quando as tarifas cobradas pelas empresas são capazes de financiar um determinado projeto. Já as parcerias público-privadas seriam encaixadas nos casos em que a cobrança de tarifas é insuficiente para assegurar sua viabilidade.

"Nós todos queremos trabalhar para o Brasil crescer 5%, 6% ao ano, ter um crescimento forte, que é a vocação do País. Mas onde é que vai estar a infra-estrutura para isso", ressaltou o pré-candidato. Mantendo o discurso de pré-candidato, ele acrescentou que a administração paulista teve uma boa experiência em "recuperar um governo problemático".

As declarações de Alckmin foram feitas em resposta à possibilidade de adotar uma nova política de privatizações caso venha a ser eleito pelo PSDB para a Presidência da República. Alckmin coordenou parte das privatizações no Estado de São Paulo na época em que o governo estava sob o comando de Mário Covas. Mas, nos dias atuais, ele acredita que esta não seria a melhor alternativa para gerar investimentos.

"O caminho hoje não é tanto a privatização, mas sim as concessões", ressaltou o governador. "Na privatização você vende um ativo do governo e não vejo razão para isso", acrescentou. Alckmin já havia defendido o modelo de concessões em ocasiões anteriores. Recentemente, o governador paulista destacou esse tipo de iniciativa como uma das soluções para problemas enfrentados pelo governo federal no que se refere à manutenção de estradas.

Outro tema que poderá constar na campanha de Alckmin é a realização de reformas estruturais que continuam pendentes. Segundo ele, este é um tema que precisa ser tratado com um "sentimento de urgência". "Em 1º de janeiro de 2007, todas as reformas serão colocadas", disse o governador. Questionado sobre a capacidade do atual governo de realizar as reformas, Alckmin insistiu que não partirá para o ataque ao presidente Lula e ao PT como estratégia para se eleger. "Eu não farei campanha contra o presidente, contra o PT. Isso é bobagem e não leva ninguém a nada."




Fonte: Agência Estado

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