Maggi vê ação eleitoreiro em operação

No mesmo dia em que o governo federal iniciou as obras emergenciais de tapa-buracos em Mato Grosso, o governador Blairo Maggi taxou a operação como eleitoreira. Também avaliou que as medidas da administração Lula representam desperdício de dinheiro público.

Assim como o secretário-chefe da Casa Civil, Luiz Antônio Pagot (PPS), Maggi sugeriu até que o Ministério Público Federal (MPF) investigue a aplicação dos recursos federais. Só em Mato Grosso, a União vai gastar, sem a realização de processo licitatório, mais de R$ 20 milhões em obras de tapa-buracos nas BRs-070, 158, 163, 242 e 364.

"Esse é um programa eleitoreiro. Por três anos, sempre pedimos obras para o Estado. Fomos o Estado que mais insistiu por recursos. Infelizmente, só são feitos na véspera da eleição. E o que é pior: no próximo ano vai ter que ser refeito tudo", avaliou Maggi, ao ponderar que a época de chuvas destruirá os serviços coordenados pela 11ª Unidade de Infra-estrutura Terrestre (Unit). "Nem asfalto urbano se faz agora", completou.

O governador também defendeu a estadualização das rodovias federais. Alegou que, se fossem repassados recursos da União a Mato Grosso, teria condições de fazer melhor serviço que os prestados pela União. O assunto vai ser discutido neste quinta-feira, em Brasília, durante encontro de secretários de estado de Transportes do país inteiro. (TM)