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Politica Brasil
Segunda - 09 de Janeiro de 2006 às 16:44
Por: Maria Clara Cabral

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A primeira reunião do Conselho de Ética da Câmara, depois de quase três semanas de férias, foi marcada por um desabafo de todos os 15 membros que compareceram à sessão. Segundo o presidente do Conselho, Ricardo Izar (PTB-SP), o fato de a comissão ter sido usada como "bode expiatório" da convocação extraordinária estava engasgado na garganta dos parlamentares.

Todos os deputados presentes criticaram a forma como foi feita a convocação extra, pelo fato de as votações em plenário só voltarem a funcionar no dia 16. "É absurdo ficarmos parados dependendo do plenário sendo que estamos trabalhando", afirmou Izar.

O presidente do Conselho garantiu que pelo menos quatro processos estarão prontos ainda esta semana, porém eles não poderá haver votação em plenário antes da realização de cinco sessões. São eles os processos dos deputados Professor Luizinho (PT-SP), Roberto Brant (PFL-MG), Pedro Correa (PP-PE) e do Wanderval Santos (PL-SP). Segundo Izar, todos os 11 processos restantes devem estar prontos até março.

Ainda hoje, Izar deve se encontrar com o relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) e com o presidente da CPI, Delcidio Amaral (PT-MS). Eles pretendem trocar informações para evitar que um acordão livre da cassação os deputados acusados de receberem dinheiro do empresário Marcos Valério.

Outra pauta discutida na sessão foi a de que o Conselho de Ética vai encaminhar ao plenário um requerimento para que a diminuição do recesso parlamentar para 45 dias e que o fim do pagamento extra seja a primeira pauta a ser votada no plenário.

Devolução A discussão de devolução do dinheiro da convocação extra também esteve presente na reunião do Conselho. Para o deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), a devolução foi uma ação política por causa das eleições deste ano. O deputado afirmou que os parlamentares só devolveram o dinheiro para aparecer na TV.

Segundo ele, quem quisesse devolver, teria feito no primeiro dia e não após os seus concorrentes fazerem o mesmo. Ele afirmou também que, se os 513 deputados devolverem o extra, ele não irá devolver.




Fonte: Terra

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