Riva assegura criação da Floresta Estadual do Vale do Juruena
Existem projetos de construção de hidrovias e exploração do potencial energético em Apiacás que estariam diretamente afetados, caso a proposta se consolidasse. O fato de a MP 239/05 proibir qualquer tipo de atividade em áreas com pretensão de criação de parques ou reservas, não alenta produtores da região, pois o Governo Federal tem o poder de revogar a medida.
Item destacado no projeto do deputado Riva, versa que o Estado seria soberano no domínio territorial. Outros itens de extrema importância apontam para a proteção dos mananciais; legaliza e perpetua o fornecimento de meteria-prima para a indústria madeireira com uso racional e sustentável; respeito ao direito de propriedade; proibição do corte raso; conservação dos ecossistemas; biodiversidade; solo; água e valores culturais associados.
Com a legalização da Floresta Estadual do Vale do Juruena, conforme Riva, os grandes corredores ecológicos serão mantidos. A extensão margeia pelo lado direito, o rio Juruena (10 km de proteção), parte da margem esquerda do rio Teles Pires, as duas margens do rio São Thomé e grande parte das duas margens do rio São João.
Seguindo as regras ambientais e disponibilidades que o setor oferece, todas as responsabilidades recairão à Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), como deliberações acerca de responsabilidades que anteriormente eram atribuições do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a exemplo do Plano de Manejo e controle de ATPF’s.
A prefeita de Apiacás, Silda Kochemborger (PP), disse que o tamanho da reserva proposta pela União é muito preocupante. “É muito grande a proposta do governo federal. Já temos a Reserva Ecológica do Apiacás e a Reserva Indígena Kaiabi, juntas somam 600 mil ha. A população quer as reservas ambientais, mas com dimensões menores. A Floresta Estadual seria a saída”, considera.
“É no mínimo suspeita a atitude das. Ong’s e do Governo Federal, onde há riqueza mineral ou vegetal eles se aliam para a criação de Reserva Indígena ou Parque Nacional desrespeitando o direito de propriedade e outras situações. Eles estão fazendo jogo sujo”, critica Riva em sua justificativa, ressaltando que: “Já houve até CPI para tratar do assunto e até hoje os interesses (do governo federal) continuam soberanos”, finaliza.
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