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PT vê PMDB com boas chances em 14 Estados
Extenso levantamento interno do PT mostra que o PMDB desponta como favorito em 14 das 27 disputas de governadores neste ano. Bem atrás aparece o próprio PT, com chances em seis Estados, seguido pelo PSDB, com cinco.
Segundo Gleber Naime, membro da Executiva Nacional do PT e coordenador do GTE (Grupo de Trabalho Eleitoral) da sigla, o PMDB pode lançar candidatos próprios em até 19 Estados.
Esse estudo está com a direção nacional do PT e servirá de combustível para que o partido tente selar algum tipo de acordo com os peemedebistas. A idéia é fazer o possível para preservar as chances de Luiz Inácio Lula da Silva se reeleger presidente. Nesse caso, o PT terá de se preparar para abrir mão de concorrer em alguns Estados.
Não é uma tarefa fácil. A maioria da bancada petista na Câmara, por exemplo, é contra a derrubada da verticalização --a regra que impede os partidos de fazerem nos Estados alianças eleitorais divergentes daquela que acertarem no plano federal. A cúpula do PMDB em peso é pela derrubada.
Nas regiões Sul (15,4% do eleitorado nacional) e Sudeste (44,3%), o PMDB terá candidatos com chances de vitória em seis dos sete governos estaduais em disputa: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Em Minas Gerais, os peemedebistas trabalham para ter a vaga de vice na chapa de Aécio Neves (PSDB), considerado favorito por tentar a reeleição. O postulante do PMDB à vaga de vice é o ministro Saraiva Felipe (Saúde) --embora exista chance remota de o ministro Hélio Costa (Comunicações), ser o candidato próprio da sigla.
Em São Paulo, o peemedebista Orestes Quércia aparece em primeiro na pesquisa Datafolha. O levantamento do PT o coloca como um dos favoritos, mas muitos no partido acreditam que o PMDB acabará desistindo dessa disputa em troca de alguma compensação --como a vaga de candidato ao Senado na composição com outra agremiação ou até o lugar de vice-governador.
Os petistas acham que a liderança de Quércia é efêmera, dado o número reduzido de candidatos lançados até o momento para a sucessão de Geraldo Alckmin (PSDB). O PT vai decidir entre o senador Aloizio Mercadante e a ex-prefeita Marta Suplicy.
Dentro do PSDB, a espera sobre a definição do candidato ao Palácio dos Bandeirantes está relacionada à escolha do postulante ao Palácio do Planalto. Se o escolhido for o prefeito José Serra, é comum ouvir entre tucanos que caberá a Alckmin a prerrogativa de definir o nome de seu sucessor no governo do Estado. O inverso também valeria para Serra.
Embora a lista de tucanos pretendentes seja grande, nos bastidores do PSDB o nome forte de Serra é o do ex-ministro da Justiça Aloysio Nunes Ferreira. O preferido de Alckmin para sucedê-lo é o secretário da Habitação, Emanuel Fernandes.
Hoje, o PMDB já governa os três Estados do Sul, com Germano Rigotto (RS), Luiz Henrique (SC) e Roberto Requião (PR). Os três são candidatos à reeleição e, na opinião do PT, fortes candidatos a ficar mais quatro anos no cargo. A exceção petista é o Rio Grande do Sul, onde a sigla de Lula deve lançar um nome competitivo --mas com chances incertas de vitória.
No Rio de Janeiro, a candidatura do senador Sérgio Cabral Filho (PMDB) é vista pelo PT como favorita pelo fato de ter o apoio do casal Anthony Garotinho e Rosinha Matheus. O PT não enxerga chance de vitória de seu pré-candidato, Vladimir Palmeira.
No Espírito Santo, o PMDB filiou o atual governador, Paulo Hartung, que, segundo as sondagens petistas, deve ser reeleito.
As duas siglas que podem acabar polarizando a disputa presidencial de 2006 devem registrar um desempenho discreto nas eleições estaduais. PT e PSDB podem ficar fora da região Sul e têm chances incertas no Sudeste.
O único que entra concorrendo com possibilidade real de vitória é o tucano Aécio Neves em Minas Gerais. Fora desse cenário, o PSDB não tem segurança em nenhuma outra disputa nas duas regiões com os eleitorados mais densos do país. O PT nem isso: a sigla não sai na frente em nenhum dos Estados do Sul e do Sudeste.
Os tucanos têm hoje seis governos (Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraíba e São Paulo). Governam 55,5 milhões de eleitores --46,4% do total do país.
Os petistas estão apenas em três Estados periféricos: Acre, Mato Grosso do Sul e Piauí. Juntos, somam apenas 3,9 milhões de eleitores (meros 3,3% do país).
No levantamento petista, o partido demonstra que será difícil manter pelo menos um dos Estados hoje sob seu comando --o de Mato Grosso do Sul, por causa do desgaste do atual governador, Zeca do PT (que não pode se reeleger) e pela força do pré-candidato do PMDB, André Puccineli.
O nome petista no Mato Grosso do Sul é o do presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral. Ocorre que seu relacionamento com Zeca do PT é conflituoso e não há acerto ainda sobre alianças locais para 2006.
O estudo petista sobre as disputas nos 26 Estados e no Distrito Federal será aprofundado e finalizado neste mês. "É um quadro ainda preliminar, pois a situação é complexa por causa da incerteza sobre a regra da verticalização", diz o petista Gleber Naime.
A idéia é fazer com que o partido tenha uma diretriz conjunta, em nível nacional, para que as disputas estaduais não prejudiquem a política de alianças do PT no projeto de reeleição de Lula.
O presidente disse à direção nacional da sigla, no mês passado, que só terá segurança da reeleição quando for possível montar uma base sólida de apoio no Congresso para um eventual novo mandato. Essa base precisa começar a ser construída na aliança eleitoral.
Dentro do PT, o que se ouve com freqüência é que o parceiro ideal em 2006 seria o PMDB. Só que para atrair os peemedebistas seria necessário cumprir três etapas: 1) derrubar a verticalização; 2) convencer José Alencar a ceder o lugar (hoje, o vice-presidente está filiado ao nanico PRB) e 3) anabolizar a ala governista do PMDB para que a aliança seja aprovada em uma convenção.
Segundo Gleber Naime, membro da Executiva Nacional do PT e coordenador do GTE (Grupo de Trabalho Eleitoral) da sigla, o PMDB pode lançar candidatos próprios em até 19 Estados.
Esse estudo está com a direção nacional do PT e servirá de combustível para que o partido tente selar algum tipo de acordo com os peemedebistas. A idéia é fazer o possível para preservar as chances de Luiz Inácio Lula da Silva se reeleger presidente. Nesse caso, o PT terá de se preparar para abrir mão de concorrer em alguns Estados.
Não é uma tarefa fácil. A maioria da bancada petista na Câmara, por exemplo, é contra a derrubada da verticalização --a regra que impede os partidos de fazerem nos Estados alianças eleitorais divergentes daquela que acertarem no plano federal. A cúpula do PMDB em peso é pela derrubada.
Nas regiões Sul (15,4% do eleitorado nacional) e Sudeste (44,3%), o PMDB terá candidatos com chances de vitória em seis dos sete governos estaduais em disputa: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Em Minas Gerais, os peemedebistas trabalham para ter a vaga de vice na chapa de Aécio Neves (PSDB), considerado favorito por tentar a reeleição. O postulante do PMDB à vaga de vice é o ministro Saraiva Felipe (Saúde) --embora exista chance remota de o ministro Hélio Costa (Comunicações), ser o candidato próprio da sigla.
Em São Paulo, o peemedebista Orestes Quércia aparece em primeiro na pesquisa Datafolha. O levantamento do PT o coloca como um dos favoritos, mas muitos no partido acreditam que o PMDB acabará desistindo dessa disputa em troca de alguma compensação --como a vaga de candidato ao Senado na composição com outra agremiação ou até o lugar de vice-governador.
Os petistas acham que a liderança de Quércia é efêmera, dado o número reduzido de candidatos lançados até o momento para a sucessão de Geraldo Alckmin (PSDB). O PT vai decidir entre o senador Aloizio Mercadante e a ex-prefeita Marta Suplicy.
Dentro do PSDB, a espera sobre a definição do candidato ao Palácio dos Bandeirantes está relacionada à escolha do postulante ao Palácio do Planalto. Se o escolhido for o prefeito José Serra, é comum ouvir entre tucanos que caberá a Alckmin a prerrogativa de definir o nome de seu sucessor no governo do Estado. O inverso também valeria para Serra.
Embora a lista de tucanos pretendentes seja grande, nos bastidores do PSDB o nome forte de Serra é o do ex-ministro da Justiça Aloysio Nunes Ferreira. O preferido de Alckmin para sucedê-lo é o secretário da Habitação, Emanuel Fernandes.
Hoje, o PMDB já governa os três Estados do Sul, com Germano Rigotto (RS), Luiz Henrique (SC) e Roberto Requião (PR). Os três são candidatos à reeleição e, na opinião do PT, fortes candidatos a ficar mais quatro anos no cargo. A exceção petista é o Rio Grande do Sul, onde a sigla de Lula deve lançar um nome competitivo --mas com chances incertas de vitória.
No Rio de Janeiro, a candidatura do senador Sérgio Cabral Filho (PMDB) é vista pelo PT como favorita pelo fato de ter o apoio do casal Anthony Garotinho e Rosinha Matheus. O PT não enxerga chance de vitória de seu pré-candidato, Vladimir Palmeira.
No Espírito Santo, o PMDB filiou o atual governador, Paulo Hartung, que, segundo as sondagens petistas, deve ser reeleito.
As duas siglas que podem acabar polarizando a disputa presidencial de 2006 devem registrar um desempenho discreto nas eleições estaduais. PT e PSDB podem ficar fora da região Sul e têm chances incertas no Sudeste.
O único que entra concorrendo com possibilidade real de vitória é o tucano Aécio Neves em Minas Gerais. Fora desse cenário, o PSDB não tem segurança em nenhuma outra disputa nas duas regiões com os eleitorados mais densos do país. O PT nem isso: a sigla não sai na frente em nenhum dos Estados do Sul e do Sudeste.
Os tucanos têm hoje seis governos (Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraíba e São Paulo). Governam 55,5 milhões de eleitores --46,4% do total do país.
Os petistas estão apenas em três Estados periféricos: Acre, Mato Grosso do Sul e Piauí. Juntos, somam apenas 3,9 milhões de eleitores (meros 3,3% do país).
No levantamento petista, o partido demonstra que será difícil manter pelo menos um dos Estados hoje sob seu comando --o de Mato Grosso do Sul, por causa do desgaste do atual governador, Zeca do PT (que não pode se reeleger) e pela força do pré-candidato do PMDB, André Puccineli.
O nome petista no Mato Grosso do Sul é o do presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral. Ocorre que seu relacionamento com Zeca do PT é conflituoso e não há acerto ainda sobre alianças locais para 2006.
O estudo petista sobre as disputas nos 26 Estados e no Distrito Federal será aprofundado e finalizado neste mês. "É um quadro ainda preliminar, pois a situação é complexa por causa da incerteza sobre a regra da verticalização", diz o petista Gleber Naime.
A idéia é fazer com que o partido tenha uma diretriz conjunta, em nível nacional, para que as disputas estaduais não prejudiquem a política de alianças do PT no projeto de reeleição de Lula.
O presidente disse à direção nacional da sigla, no mês passado, que só terá segurança da reeleição quando for possível montar uma base sólida de apoio no Congresso para um eventual novo mandato. Essa base precisa começar a ser construída na aliança eleitoral.
Dentro do PT, o que se ouve com freqüência é que o parceiro ideal em 2006 seria o PMDB. Só que para atrair os peemedebistas seria necessário cumprir três etapas: 1) derrubar a verticalização; 2) convencer José Alencar a ceder o lugar (hoje, o vice-presidente está filiado ao nanico PRB) e 3) anabolizar a ala governista do PMDB para que a aliança seja aprovada em uma convenção.
Fonte:
Só Notícias
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