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Politica Brasil
Sábado - 07 de Janeiro de 2006 às 14:26
Por: Silvia Gomide

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O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), afirmou em entrevista nesta sexta-feira (6) que a comissão deverá convocar representantes do banco BMG, da Caixa Econômica Federal e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para esclarecer denúncias de que as duas instituições públicas teriam favorecido o banco, acusado de abastecer o "valerioduto". Delcídio acredita que os requerimentos determinando os depoimentos deverão ser votados em reunião administrativa a ser realizada provavelmente no dia 18 de janeiro.

Os requerimentos de convite e convocação deverão ser feitos com base em ofício apresentado à CPI pelo senador Alvaro Dias (PSDB-PR) pedindo apuração das denúncias, divulgadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Análise técnica desse tribunal, divulgada nesta semana, aponta que o INSS teria franqueado ilegalmente ao BMG toda a base de dados cadastrais de aposentados e pensionistas. O BMG passou recentemente a oferecer empréstimos a aposentados com descontos em folha de pagamento. Outra auditoria do TCU indicou que a direção da Caixa Econômica teria beneficiado o BMG em operações que renderam à instituição mineira um lucro imediato de pelo menos R$ 119 milhões.

Delcídio considerou as denúncias graves, mas destacou que todas as partes têm de ser ouvidas antes de ser formalizada a acusação. O senador aposta, no entanto, que, mesmo com mais esse foco de investigações, a CPI deverá encerrar seus trabalhos antes do prazo final, previsto para abril.

Na última semana de janeiro, três parlamentares da comissão deverão ir aos Estados Unidos para trocar informações com órgãos do governo americano sobre evasão de divisas, lavagem de dinheiro e existência de contas no exterior em nome de envolvidos no esquema do mensalão. O presidente da CPI dos Correios informou que os parlamentares deverão reunir-se, em Washington e Nova York, com procuradores e representantes do Ministério da Justiça daquele país. Segundo o senador, o Ministério da Justiça brasileiro e a Polícia Federal têm informações sobre essas contas no exterior, mas não as repassam à CPI.

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Fonte: Agência Senado

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