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Meio Ambiente
Sábado - 07 de Janeiro de 2006 às 08:09

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Washington - Estudo publicado no último número da revista New England Journal of Medicine indica que especialistas dos EUA obtiveram um grande progresso no tratamento do câncer de ovário em estágio avançado. O novo tratamento, que consiste na aplicação de altas doses de medicamentos por quimioterapia no abdome das infectadas pela doença, é o primeiro grande alcanço em uma década contra um dos mais letais tipos de câncer feminino, disseram os cientistas.

Como os sintomas de câncer de ovário são quase imperceptíveis, quase 80% das mulheres só são diagnosticadas quando a doença já se encontra em estágio bastante avançado. Nos EUA, este tipo de câncer é um dos mais letais para as Mulheres. Em 2004, 22.200 americanas foram diagnosticadas com a doença, das quais 16.200 morreram, de acordo estatísticas do Instituto do Câncer dos Estados Unidos.

Os autores do estudo afirmam que o novo tratamento é "muito pesado" devido a seus efeitos colaterais, que se caracterizam por dores abdominais derivadas do inchaço derivado da aplicação dos Medicamentos.

O especialista Steven Cannistra, da Escola de Medicina de Harvard, disse no editorial da publicação que, graças ao tratamento, será possível prolongar a sobrevivida das pacientes em 16 meses, em média.

Durante a pesquisa, médicos de vários hospitais dos EUA, liderados pela especialista Deborah Armstrong, do Centro de Câncer Kimmel da Universidade Johns Hopkins, compararam os tratamentos de quimioterapia em 415 mulheres. Em cada uma delas, os tumores dos ovários tinham sido extirpados, mas algumas células cancerosas permaneceram na cavidade abdominal. Estas células eram difíceis de serem neutralizadas por fármacos da chamada quimioterapia IV.

Em 50% das mulheres do estudo, foi aplicada quimioterapia apenas com Taxol e Cisplatin. Ao restante, foram feitas algumas aplicações de quimioterapia abdominais com IV Taxol, Cispatlin e altas doses de Taxol. A média de sobrevida das pacientes do primeiro grupo foi de cerca de quatro anos e dois meses. Já a sobrevida média do segundo grupo foi de cinco anos e meio, disseram os especialistas.





Fonte: Agência EFE

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