Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Sexta - 06 de Janeiro de 2006 às 07:41

    Imprimir


A Polícia Federal iniciou dia 29 de novembro, a Operação Rio Pardo. O objetivo da missão foi cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Federal de Mato Grosso a pedido do Ministério Público Federal contra uma organização que grilava áreas de floresta na terra indígena Rio Pardo.

A terra indígena Rio Pardo está localizada na região norte do Mato Grosso no município de Colniza, divisa com o Amazonas. Desde 2001 a Funai reconhece que há indícios de índios isolados na região e mantém uma frente de aproximação. Para invadir, explorar e lotear a floresta, um grupo ligado a Associação dos Proprietários Rurais de Colniza criou o projeto Serra Morena. Além de explorar os recursos naturais da terra indígena, o grupo vendia lotes de 500 hectares e apagava vestígios de ocupação tradicional dos índios.

Durante a operação foi preso o radialista Agnaldo Souza Miranda, assessor parlamentar do deputado estadual Pedro Satélite (PPS). Ele foi surpreendido por 03 policiais federais por volta das 07h00minhs da manhã em sua residência em Guarantã do Norte, quando lhe foi apresentado um mandado de busca e apreensão pelo Delegado Federal Dr. Ramon de Almeida, decretado pelo Juiz da Primeira Vara Federal Julier Sebastião da Silva, onde determinava a apreensão de celulares, notas fiscais, computadores, projetos de manejo florestal, armas, munições e Atpfs. Nada, foi encontrado na casa do assessor parlamentar Agnaldo Miranda, a não ser, uma proposta de regularização fundiária da Gleba Divisa (Novo Mundo), que ele guardava há mais de 03 anos.

Após ser comunicado da existência de um mandado de prisão temporária, ficou recolhido na Cadeia Publica de Peixoto de Azevedo e posteriormente hospitalizado na unidade hospital com sérias complicações de saúde e estado depressivo. O denunciante Rieli Franciscato, funcionário da FUNAI, não reconheceu Agnaldo Miranda, pelas fotos enviadas pela sua esposa a sede da FUNAI. Franciscato, respondeu o e-mail, frisando desconhecer a pessoa das fotos, e pré-inocentou o assessor Agnaldo Miranda. E no dia 21.12, os funcionários da FUNAI Gilmar Campos e Benedito Garcia, emitiram uma declaração inocentando o radialista e assessor parlamentar Agnaldo Miranda de envolvimento com a grilagem de área indígena na Reserva Rio Pardo, localizada no município de Colniza. Miranda recebeu Alvará de Soltura e busca em liberdade através dos seus advogados o reparo de perca, danos, calunia e difamação. A prisão do assessor parlamentar Agnaldo Miranda, foi indevida e o delegado regional federal Dr. Marcos Farias, poderá ser representado na justiça por ter investigado o radialista, antes de pedir a sua prisão temporária. Procurado pela nossa reportagem, Agnaldo Miranda, não quis comentar sobre o equivoco cometido pela Policia Federal e se emocionou ao lembrar dos momentos terríveis na prisão. A OAB moveu representação contra o juiz federal Julier Sebastião da Silva, por abuso de autoridade. O radialista fez somente um breve comentário: disse que não conhece o município de Colniza e os problemas enfrentados pela Funai na preservação da Reserva do Rio Pardo. “ Eu fui preso por engano” concluiu.





Fonte: 24 HorasNews

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/327089/visualizar/