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Politica Brasil
Quinta - 05 de Janeiro de 2006 às 07:17

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O juiz da 5ª Vara Criminal de Cuiabá, César Francisco Bassan, deve concluir este mês o processo instaurado contra o ex-presidente da Imprensa Oficial do Estado (Iomat) Claudiomiro Pires, acusado de desviar R$ 150 mil do extinto órgão.

O processo está em fase de alegações finais, última etapa antes da sentença judicial. Após o retorno do recesso de final de ano na Justiça, o Ministério Público Estadual apresentará os argumentos derradeiros ao juiz, que concederá o mesmo à defesa do acusado. Pires responde pelo crime de peculato- apropriação de dinheiro público. O advogado do ex-presidente da Iomat, Waldir Caldas, disse que vai apenas esperar a conclusão do processo e não fala em recorrer. Além de exonerado da função, Pires foi indiciado por lavagem de dinheiro e peculato. Ele está preso na Polinter.

Só este último crime pode resultar em pena de 2 a 8 anos de detenção. Em depoimento anterior à juíza Célia Regina Vidotti, Dilma Mota Cursino acusou o ex-presidente da Imprensa Oficial de Mato Grosso (Iomat), Cláudio Pires, de lhe propor acordo escuso para "abafar" desvio de dinheiro público.

Em troca de imputabilidade, a ex-diretora-financeira teria que assumir sozinha a autoria do crime e ressarcir o Estado em apenas R$ 43 mil. Pires é investigado também pela Polícia Judiciária Civil por suposto roubo de maquinário gráfico do Estado. Somando-se ao desvio de dinheiro, o prejuízo ultrapassaria R$ 750 mil.

De acordo com as investigações policiais, o desvio de máquinas do Estado foi descoberto a partir de denúncia anônima recebida pela secretaria de Estado de Administração. Incluiria peças de autarquias como o Empresa de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer). Paralelo às apurações da polícia, o governo instituiu duas comissões especiais administrativas para investigar indícios de irregularidades na Iomat. Caso se comprove as irregularidades, há possibilidade de que o Estado ingresse com uma ação civil pública para obter judicialmente o ressarcimento do dinheiro desviado.




Fonte: A Gazeta

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