Fórum Sindical critica reajuste de staff

José Carlos Callegari, 46, um dos coordenadores do Fórum Sindical de Mato Grosso, criticou ontem o aumento salarial concedido aos secretários de Estado pelo governador Blairo Maggi (PPS), 49. Apesar de decidir manter neste ano o próprio subsídio com valor de R$ 10,5 mil, os 21 membros do staff tiveram acréscimo de R$ 1,7 mil nos vencimentos e passaram a ganhar o mesmo que Maggi.

Callegari apóia a decisão do governador em não elevar o próprio salário, o que faz com que diversas categorias também não tenham direito ao reajuste. Alega, no entanto, que o aumento concedido aos secretários causa "antipatia" junto aos demais sindicalistas.

"Concordamos com a decisão dele em relação ao próprio salário. O problema é que o aumento dos secretários é uma medida antipática. Apesar do impacto ser pequeno nos cofres públicos, o Fórum Sindical repudia isso", avalia Callegari. O novo salário dos secretários custará aos cofres públicos R$ 220,5 mil por mês.

O secretário-chefe da Casa Civil, Luiz Antônio Pagot, 53, também alega que o aumento é pequeno em relação às despesas do Estado. Ressalta ainda que a decisão de Maggi em não reajustar o próprio subsídio implicará em economia anual de aproximadamente R$ 170 milhões a Mato Grosso. Cita ainda que, em 2006, o governo inicia o ano com contingenciamento de R$ 595 milhões de uma peça orçada em R$ 6,045 bilhões. Defensores públicos, fiscais de tributos, delegados de polícia, advogados públicos, procuradores do Estado e várias outras categorias têm o teto salarial vinculado ao subsídio do governador.

Revisão - José Carlos Callegari afirmou também ontem que o Fórum Sindical aguardará até maio o reajuste anual prometido por Maggi. Segundo o governador, todas as categorias deverão ter aumento linear de 6% (referente a inflação dos últimos 12 meses). Em quatro anos de mandato, a revisão acumulará 19%, o mesmo concedido ao subsídio de Blairo no entre 2003 e 2006.