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Serraglio diz que CPI passa por júri popular
O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), afirmou, durante reunião da comissão nesta terça-feira (3), que a CPI passa, na realidade, por um júri popular. Para Serraglio, não serão advogados, autoridades ou o relatório final que convencerão as pessoas sobre as conclusões das investigações, mas a própria população, pelo que está vendo ao acompanhar os trabalhos das comissões parlamentares de inquérito, que estão sendo transmitidos pelas emissoras de Rádio e Televisão.
- Nós vivemos hoje praticamente um grande júri popular. É diferente quando alguém depõe na Justiça numa sala e depois outra pessoa transmite o que foi ouvido.Hoje, o julgamento é diferente. Há um júri popular, aberto, franco e os juízes estão em casa, assistindo. E quando senta uma testemunha aqui, a pessoa viu, e captou o que foi dito -analisou.
As declarações de Serraglio foram motivadas por notícias de que um parlamentar governista apresentaria um relatório paralelo ao fim dos trabalhos da comissão, com conclusões diferentes das do relator. Para o deputado, as pessoas estão firmando seu próprio juízo de convencimento, à medida que têm acesso aos depoimentos e provas, e não apenas estão fazendo uma análise fria das provas encontradas.
- Não será o relatório que vai convencer ninguém, o convencimento está sendo paulatino. Daí essa surpresa da população quando se diz que não existem provas - disse.
Para Serraglio, a afirmação de algumas autoridades de que não há provas se dá porque esses membros do governo não têm tempo de acompanhar as reuniões da comissão, ao contrário da população em geral que, segundo ele, está assistindo assiduamente aos trabalhos.
Osmar Serraglio disse ainda que o relatório final será feito de acordo com as informações levantadas pela comissão eque quem for contrário ao relatório terá o ônus de explicar sua atitude depois, à população. O parlamentar também quis saber como se pode fazer um relatório paralelo sobre um documento que ainda não existe, uma vez que ele apresentou apenas análise parcial das investigações.
Sobre o relatório parcial apresentado no final do ano passado, Osmar Serraglio informou que foram relatados alguns aspectos mais expressivos das investigações e outros ficaram praticamente de fora, como as análises dos contratos realizados pelos Correios. Garantiu, no entanto, que as omissões não foram intencionais.
O relator destacou ainda que os dados que levaram à conclusão da existência de mensalão, no relatório parcial, foram conseguidos matematicamente por um sistema que tabulou dados, padrões de conduta e hábitos que se repetiram, ajustados a períodos. Também foram levadas em conta, segundo ele, confissões que os próprios líderes de partidos fizeram.
Osmar Serraglio achou positivo o fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconhecer que houve erro do Partido dos Trabalhadores, mas sugeriu que não ocorra, na Câmara, proteção a parlamentares envolvidos no escândalo com objetivo de abafar o caso.
- Ai dos partidos que estão sendo investigados e assim se comportarem - disse.
Serraglio também comentou as dificuldades para que os trabalhos da CPI dos Correios deslanchem neste início de ano. Nesta terça-feira, um dos depoentes agendados faltou sob o argumento de que não teria recebido, dentro do tempo necessário, o ofício de convocação. O deputado confirmou que há servidores à disposição do colegiado em férias, mas disse acreditar que na próxima semana o ritmo dos trabalhos estará regularizado e que será cumprida a meta de finalizar as atividades da comissão até abril, quando termina o prazo do adiamento ao período inicialmente previsto.
- Nós vivemos hoje praticamente um grande júri popular. É diferente quando alguém depõe na Justiça numa sala e depois outra pessoa transmite o que foi ouvido.Hoje, o julgamento é diferente. Há um júri popular, aberto, franco e os juízes estão em casa, assistindo. E quando senta uma testemunha aqui, a pessoa viu, e captou o que foi dito -analisou.
As declarações de Serraglio foram motivadas por notícias de que um parlamentar governista apresentaria um relatório paralelo ao fim dos trabalhos da comissão, com conclusões diferentes das do relator. Para o deputado, as pessoas estão firmando seu próprio juízo de convencimento, à medida que têm acesso aos depoimentos e provas, e não apenas estão fazendo uma análise fria das provas encontradas.
- Não será o relatório que vai convencer ninguém, o convencimento está sendo paulatino. Daí essa surpresa da população quando se diz que não existem provas - disse.
Para Serraglio, a afirmação de algumas autoridades de que não há provas se dá porque esses membros do governo não têm tempo de acompanhar as reuniões da comissão, ao contrário da população em geral que, segundo ele, está assistindo assiduamente aos trabalhos.
Osmar Serraglio disse ainda que o relatório final será feito de acordo com as informações levantadas pela comissão eque quem for contrário ao relatório terá o ônus de explicar sua atitude depois, à população. O parlamentar também quis saber como se pode fazer um relatório paralelo sobre um documento que ainda não existe, uma vez que ele apresentou apenas análise parcial das investigações.
Sobre o relatório parcial apresentado no final do ano passado, Osmar Serraglio informou que foram relatados alguns aspectos mais expressivos das investigações e outros ficaram praticamente de fora, como as análises dos contratos realizados pelos Correios. Garantiu, no entanto, que as omissões não foram intencionais.
O relator destacou ainda que os dados que levaram à conclusão da existência de mensalão, no relatório parcial, foram conseguidos matematicamente por um sistema que tabulou dados, padrões de conduta e hábitos que se repetiram, ajustados a períodos. Também foram levadas em conta, segundo ele, confissões que os próprios líderes de partidos fizeram.
Osmar Serraglio achou positivo o fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconhecer que houve erro do Partido dos Trabalhadores, mas sugeriu que não ocorra, na Câmara, proteção a parlamentares envolvidos no escândalo com objetivo de abafar o caso.
- Ai dos partidos que estão sendo investigados e assim se comportarem - disse.
Serraglio também comentou as dificuldades para que os trabalhos da CPI dos Correios deslanchem neste início de ano. Nesta terça-feira, um dos depoentes agendados faltou sob o argumento de que não teria recebido, dentro do tempo necessário, o ofício de convocação. O deputado confirmou que há servidores à disposição do colegiado em férias, mas disse acreditar que na próxima semana o ritmo dos trabalhos estará regularizado e que será cumprida a meta de finalizar as atividades da comissão até abril, quando termina o prazo do adiamento ao período inicialmente previsto.
Fonte:
Agência Senado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/327612/visualizar/
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