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Meio Ambiente
Terça - 03 de Janeiro de 2006 às 13:58

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O Estado de Mato Grosso enfrenta, durante o período de férias, um intenso fluxo de pessoas se deslocando para os mais diversos roteiros turísticos. Nesse período, a Secretaria de Estado de Saúde fica atenta para a prevenção de doenças infecciosas como a febre amarela, a dengue, o sarampo e a malária bem como doenças ligadas ao consumo de água e da alimentação. O motivo é que o turismo praticado no Estado, nessa época do ano, envolve visitas a áreas de mata, cachoeiras, grutas, passeios de barco, trilhas e contatos com animais, ambientes nos quais as doenças infecciosas encontram condição fértil para se propagar.

A superintendente de Saúde Coletiva da Ses, Cleoni Silvana Kruger, disse que, com alguns cuidados e visitas a unidades básicas de Saúde do Estado, os turistas ecológicos, como são chamados os visitantes interessados em conhecer as belezas naturais de Mato Grosso, poderão usufruir suas férias sem problemas de saúde. Existem vacinas contra a febre amarela e o sarampo.

A vacina contra a febre amarela é altamente eficaz e confere imunidade contra a doença por dez anos. Está disponibilizada em todas as unidades de saúde do país gratuitamente e recomenda-se que as pessoas a tomem 10 dias antes de viajar. A vacina contra o sarampo também está disponível na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) bem como em qualquer unidade de Saúde do país. Tanto a vacina contra a febre amarela como a contra o sarampo podem ser tomadas, também, nos postos da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nos aeroportos brasileiros. No caso da vacina contra o sarampo a exigência da imunização é obrigatória para quem sai do país.

A dengue e a malária são doenças contra as quais não existem vacinas, até o momento. “Nesse caso a prevenção se reveste de maior importância, com o uso de roupas adequadas, com mangas compridas, tecido grosso e golas fechadas quando em áreas rurais, e o uso de repelentes contra insetos”, informou Silvana Kruger.

Os sintomas dessas doenças são parecidos com os de uma gripe, evoluindo para incluir febre alta e calafrios, mal-estar generalizado, vômitos, dores no corpo, pele e olhos amarelados, sangramentos, fezes cor de “borra de café” e diminuição de urina. “Não há tratamento específico para a febre amarela e a dengue, mas devem ser evitados os salicilatos como o AAS e a Aspirina. O uso desses medicamentos pode favorecer o aparecimento de hemorragias, o que pode complicar o quadro do paciente. O melhor é que, assim que forem identificados alguns desses sintomas, a pessoa procura a unidade de saúde mais próxima”, recomendou a superintendente.

A alimentação e a hidratação corporal em lugares desconhecidos, longe do local de origem dos viajantes, pode aumentar o risco de doenças como os distúrbios gastrointestinais. Eles podem incluir dores abdominais, febre, vômito e desinteria, com muco e sangue aparecendo nas fezes. “Em geral”, lembrou Silvana Kruger, “esses distúrbios são autolimitados, tendendo a se curar espontaneamente e durante até 14 dias, mas pode se tornar grave dependendo da presença e intensidade da desidratação ocorrida”. Nos casos em que houver diarréia aguda o paciente dever procurar os serviços de saúde e não fazer uso da auto medicação. Antibióticos e quimioterápicos, por exemplo, só devem ser utilizados com prescrição médica.

Na prevenção desses distúrbios é aconselhável só tomar água potável, fervida ou filtrada, ou industrializada (água mineral). A higiene pessoal, incluindo a lavagem das mãos com água e sabão, ao usar instalações sanitárias e ao manusear alimentos, torna-se fator indispensável de prevenção. “Os visitantes devem evitar se alimentar nas ruas e, se isso for realmente necessário, devem dar preferência a pratos preparados na hora, por fervura, e servidos ainda quentes”, sugeriu a superintendente.

O preparo adequado dos alimentos deve incluir cozimento prolongado e consumo imediato. Se for necessário guardá-los para consumo posterior devem ser acondicionados de forma adequada, evitando contanto com o ar. Quando esses alimentos forem refrigerados ou congelados o reaquecimento deve ser prolongado antes de serem consumidos.

Na presença de distúrbios alimentares, com disenteria, deve-se aumentar o consumo de água e de alimentos líquidos (sopas, chás e sucos,) para evitar a desidratação. O soro reidratante deve ser usado sem qualquer contra-indicação. Ele pode ser conseguido em uma unidade básica de saúde ou pode ser feito em casa mesmo, na proporção de uma colher de sopa (rasa) de açúcar e uma pitada generosa de sal para um copo de água filtrada ou fervida.




Fonte: 24HorasNews

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