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Politica Brasil
Quinta - 29 de Dezembro de 2005 às 11:33

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O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) nega ter recebido R$ 4,5 milhões de um caixa dois de R$ 91,5 milhões, dinheiro que teria sido arrecadado para sua campanha de reeleição ao governo de Minas Gerais em 1998.

A suposta contabilidade consta de documento que é autêntico, conforme laudo do Instituto Nacional de Criminalística elaborado a pedido da Polícia Federal, e traz a assinatura de Cláudio Mourão, tesoureiro da campanha tucana naquele ano.

Por meio de sua assessoria, Azeredo também disse que, ao final do recesso da Justiça, irá processar por calúnia e falsificação de documento o lobista mineiro Nilton Monteiro, que entregou à Polícia Federal o documento original que corresponderia à contabilidade paralela da campanha tucana elaborada por Mourão.

A Folha não conseguiu falar com Mourão ontem. O seu celular estava desligado. Em depoimento à PF, há cerca de 15 dias, ele reconheceu como sua a assinatura que consta do documento, mas refutou ser responsável pelo seu conteúdo.

O advogado Marcelo Leonardo, que defende Marcos Valério Fernandes de Souza, afirmou que seu cliente desconhece o valor de R$ 53,87 milhões que teriam sido girados por meio das agências de publicidade do empresário.

Segundo Leonardo, a participação de Valério na campanha de Azeredo se resume a um empréstimo bancário de R$ 9 milhões, contraído no Banco Rural. Desse total, R$ 4,5 milhões teriam sido utilizados para pagar o publicitário Duda Mendonça por serviços prestados a Azeredo. O restante, conforme o advogado, foi entregue ao tesoureiro Mourão.

A Folha não conseguiu localizar Nilton Monteiro até o fechamento desta edição.




Fonte: Folha Online

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