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Relatório vê operação atípica de amigo de Lula
O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) registrou "operações atípicas" no valor de R$ 93 mil em nome de Paulo Okamotto, amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que se apresentou como responsável pelo pagamento de uma dívida de R$ 29,4 mil de Lula com o PT.
O relatório não identifica indícios de lavagem de dinheiro e se limita a informar movimentações em uma conta de Okamotto no período de dois anos (de maio de 2002 a maio de 2004). Tarjas pretas cobrem parte do documento, encaminhado à CPI dos Bingos.
Segundo o relatório, Okamotto foi sócio-gerente da Red Star, que vende brindes do PT, até junho de 2003, quando já era diretor financeiro do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
Em entrevista à Folha em agosto, o presidente do Sebrae disse que parte do dinheiro usado no pagamento da dívida de Lula poderia ter vindo dos negócios da Red Star. Desde então, se recusa a identificar as datas e valores dos saques que teria feito. Procurado ontem, Okamotto disse não dispor das informações.
A oposição suspeita que o dinheiro tenha vindo do caixa dois do PT operado pelo publicitário Marcos Valério de Souza.
A CPI dos Bingos analisa pedido de quebra do seu sigilo bancário para rastrear dados que confirmem ou não a versão apresentada por Okamotto.
Ele disse ter feito saques em contas em Brasília, São Paulo e São Bernardo do Campo e, em seguida, enviado o dinheiro à direção do PT para pagar a dívida, registrada na prestação de contas TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2003.
Segundo Okamotto, o pagamento teria sido em dinheiro a pedido do então tesoureiro petista Delúbio Soares. A dívida foi paga em quatro parcelas --entre dezembro de 2003 e março de 2004. Os depósitos, feitos em quatro agências do Banco do Brasil em São Paulo, estão no nome de Lula.
A dívida passou a ser investigada pela CPI dos Correios por conta de indícios de uso irregular do Fundo Partidário para pagar despesas de Lula.
A oposição investiga se o PT teria usado recursos de caixa dois para quitar a dívida. Em depoimento à CPI dos Correios em julho, Delúbio afirmou ser prática do partido emprestar dinheiro sem juros a dirigentes e ex-dirigentes. Ele não respondeu se a dívida foi paga com dinheiro do caixa dois operado por Valério.
Vinte dias depois de a dívida ter sido objeto de reportagem da Folha e permanecer sem explicação do Planalto, Okamotto assumiu a responsabilidade pelo pagamento, na condição de procurador nomeado por Lula para cuidar de rescisão de contrato com o PT.
O relatório não identifica indícios de lavagem de dinheiro e se limita a informar movimentações em uma conta de Okamotto no período de dois anos (de maio de 2002 a maio de 2004). Tarjas pretas cobrem parte do documento, encaminhado à CPI dos Bingos.
Segundo o relatório, Okamotto foi sócio-gerente da Red Star, que vende brindes do PT, até junho de 2003, quando já era diretor financeiro do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
Em entrevista à Folha em agosto, o presidente do Sebrae disse que parte do dinheiro usado no pagamento da dívida de Lula poderia ter vindo dos negócios da Red Star. Desde então, se recusa a identificar as datas e valores dos saques que teria feito. Procurado ontem, Okamotto disse não dispor das informações.
A oposição suspeita que o dinheiro tenha vindo do caixa dois do PT operado pelo publicitário Marcos Valério de Souza.
A CPI dos Bingos analisa pedido de quebra do seu sigilo bancário para rastrear dados que confirmem ou não a versão apresentada por Okamotto.
Ele disse ter feito saques em contas em Brasília, São Paulo e São Bernardo do Campo e, em seguida, enviado o dinheiro à direção do PT para pagar a dívida, registrada na prestação de contas TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2003.
Segundo Okamotto, o pagamento teria sido em dinheiro a pedido do então tesoureiro petista Delúbio Soares. A dívida foi paga em quatro parcelas --entre dezembro de 2003 e março de 2004. Os depósitos, feitos em quatro agências do Banco do Brasil em São Paulo, estão no nome de Lula.
A dívida passou a ser investigada pela CPI dos Correios por conta de indícios de uso irregular do Fundo Partidário para pagar despesas de Lula.
A oposição investiga se o PT teria usado recursos de caixa dois para quitar a dívida. Em depoimento à CPI dos Correios em julho, Delúbio afirmou ser prática do partido emprestar dinheiro sem juros a dirigentes e ex-dirigentes. Ele não respondeu se a dívida foi paga com dinheiro do caixa dois operado por Valério.
Vinte dias depois de a dívida ter sido objeto de reportagem da Folha e permanecer sem explicação do Planalto, Okamotto assumiu a responsabilidade pelo pagamento, na condição de procurador nomeado por Lula para cuidar de rescisão de contrato com o PT.
Fonte:
Folha Online
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/328494/visualizar/
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