Recuperação virá no 2º trimestre

A retração nas vendas do setor do comércio e serviços deve prosseguir no primeiro trimestre de 2006. A partir do quarto mês do ano a expectativa é de crescimento nos negócios, especialmente em municípios de base agrícola. O presidente da Fecomércio, Pedro Nadaf, afirma que apesar da crise na atividade agropecuária a produção primária ainda é a atividade que faz circular recursos na economia do Estado. A redução nas taxas de juros, sinalizada pelo governo federal, vai ampliar a oferta de crédito para consumo, o que vai aquecer o mercado que deve sofrer menos do que em 2005.

Nadaf acredita que a taxa do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), atualmente em 18% ao ano, deve chegar a patamares de até 14% ao ano ainda no primeiro semestre de 2006, com reflexo ao consumidor ainda no mesmo período do ano. A principal razão é por se tratar de ano eleitoral para cargos majoritários. Mesmo assim ele considera o percentual elevado, uma vez que corresponde a juros reais de 9% ao ano, descontada a inflação, mas admite que a queda vai fomentar o consumo. Ele lembra que a última vez em que os juros regulados pelo governo estiveram nesses patamares foi em 2002. No ano passado a taxa que incide sobre os títulos públicos ficou entre 15% e 16% ao ano. (AM)