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Politica Brasil
Quarta - 28 de Dezembro de 2005 às 15:03

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A reunião da Comissão Mista de Orçamento começou com uma discussão entre os parlamentares a respeito das críticas que o Congresso tem recebido por causa dos gastos com o pagamento de salários extras a deputados, senadores e funcionários no período de convocação extraordinária do Congresso. As grandes despesas causadas pela convocação extraordinária de 16 de dezembro a 16 de janeiro, Câmara e Senado somarão R$ 95 milhões. Cada deputado e cada senador receberá extras no total de R$ 25.694,00, além dos salários.

O primeiro a falar na sessão de hoje foi o senador João Ribeiro (PL-TO), afirmando que os parlamentares precisam ser respeitados pela imprensa. "Não aceito certas colocações", disse, referindo-se à versão divulgada ontem por uma emissora de rádio segundo a qual os congressistas receberão cerca de R$ 100.000,00 no período de convocação extraordinária. "Estou aqui para trabalhar todos os dias. Na própria sexta-feira, antevéspera de Natal, trabalhei até as 8 horas da noite no meu gabinete", afirmou.

O senador Fernando Bezerra (PTB-RN), líder do governo no Congresso, falou em seguida, dizendo que a melhor resposta que os parlamentares podem dar às críticas é votar - "seja a favor ou contra". Bezerra faz um esforço para que a comissão vote hoje os dez relatórios setoriais que estão na pauta. O deputado Pauderney Avelino (PFL-AM) seguiu outra linha, admitindo que foi "um equívoco" a convocação extraordinária do Congresso. "Temos que louvar o trabalho da imprensa e temos que admitir os equívocos dessa autoconvocação", afirmou.

O líder do PMDB, senador Ney Suassuna (PB), afirmou que os congressistas estão cientes de que é necessário reduzir a duração das férias parlamentares, que somam três meses por ano. Segundo Suassuna, o primeiro projeto a ser votado em janeiro de 2006 será o que reduz esse período. O senador fez uma brincadeira, dizendo que hoje esteve no Comitê de Imprensa do Senado, e a sala estava vazia. Contou que pediu a um fotógrafo para registrar a ausência dos jornalistas que cobrem o Legislativo.

Por fim, o presidente da Comissão Mista do Orçamento, senador Gilberto Mestrinho (PMDB-AM), afirmou que existe "um interesse em depreciar o Congresso Nacional". Na avaliação de Mestrinho, os parlamentares não estão recebendo dinheiro extra em dezembro para trabalhar, o que só ocorrerá, segundo ele, a partir de 16 janeiro. O deputado Ricardo Barros (PP-PR) corrigiu Mestrinho lembrando que a convocação extra começou, de fato, em 16 de dezembro.




Fonte: Agencia Estado

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