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Politica Brasil
Terça - 27 de Dezembro de 2005 às 19:06
Por: Valdemir Roberto

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O “fantasma” da cassação já não assusta mais o deputado federal Pedro Henry (PP). Acusado de ser um dos beneficiários do esquema do “mensalão”, denunciado pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), Henry já retomou sua rotina como parlamentar. Nesta terça-feira, patrocinou a assinatura de dois convênio: um entre o Governo do Estado e o Ministério da Ciência e Tecnologia, no valor de R$ 21,3 milhões, para inclusão digital; e outro, de R$ 13,4 milhões, assinado com o Ministério das Cidades, para pavimentação de vias urbanas em cidades com população com menos de 100 mil habitantes.

Henry citou mais: garantiu que têm também trabalhado no sentido de conseguir recursos para Cuiabá. Uma emenda do parlamentar prevê verbas para o setor de habitação da cidade. “Vamos continuar lutando em Brasília pelo nosso estado e pelas nossas cidades” – frisou. O deputado, no entanto, foi um dos poucos que não teve seu nome citado pelo prefeito Wilson Santos. A emenda não foi contabilizada. Henry é um dos deputados que integram a base de sustentação do Governo Federal, através do seu partido, o PP.

O parlamentar progressista, aliás, é quem vem acompanhando de perto – e fazendo gestões junto ao Governo Federal – para tentar assegurar a Mato Grosso a implantação de uma matriz energética da Petrobrás. O investimento é disputado por mais dois estados, embora o principal concorrente seja Mato Grosso do Sul. Henry negou que a Petrobrás já tenha decidido pela planta em Mato Grosso: “Não tem nada definido ainda” – comentou. “Essa decisão deve sair em maio”. Até lá, uma empresa de consultoria especializada está realizando um amplo levantamento das condições. A posição do novo Governo da Bolívia, por outro lado, também poderá indicar o posicionamento da estatal.

Tanto “esforço” nasce uma certeza: no fundo, Henry não acredita mais em cassação. Um dos exemplos claro disso ficou caracterizado quando disse que está aguardando o parecer do relator, deputado Orlando Fantazzini (PSOL-SP). “Ele tem prazo” – disse, ao destacar, porém, que não faz juízo de valor sobre a demora. O processo está há dois meses parado. “Não há no processo nenhum subsídio para ele pedir a minha cassação” – comentou. Henry foi representado na comissão por dois motivos: tentar cooptar o deputado José Múcio (PTB-GO) e de fazer parte do esquema do “mensalão”. Múcio negou a negociação e no esquema do “mensalão” seu nome não aparece.

Diante dessas certezas, Henry agora trabalha para recuperar o tempo perdido. Ele aposta sobretudo na força do PP em Mato Grosso. O partido tem 40 prefeitos e 300 vereadores. Além disso, o político conta com um bom relacionamento com o governador Blairo Maggi, que defende seu nome para ser o candidato ao Senado Federal. “Ele vai ser inocentado” – insiste o governador, sobre o problema. Henry, porém, prefere a cautela: diz que seu projeto está mantido, mas que tudo vai depender de avaliações futuras, no tempo adequado.

O trabalho do deputado, no mento, é reunir forças. Henry crê na reedição da aliança “Mato Grosso Mais Forte”, inclusive com o PFL – cuja sigla também reivindica para Jaime Campos o posto ao Senado Federal. “Da nossa parte falta muita pouca coisa” – disse o político, que aproveitou para descaracterizar a possibilidade de o PPS, partido do governador, lançar-se no processo de sucessão com uma chapa pura.




Fonte: 24 Horas News

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