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Politica Brasil
Terça - 27 de Dezembro de 2005 às 08:28
Por: Téo Menezes

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Acusado de envolvimento no "mensalão", o deputado Pedro Henry (PP) afirmou que teve 2005 marcado pela turbulência causada pelas denúncias de Roberto Jefferson (PTB-RJ). Disse também que a decisão de não apoiar a candidatura de Severino Cavalcanti (PP-PE) à presidência da Câmara contribuiu para as dificuldades registradas ao longo do ano.

Para Henry, as denúncias de que seria um dos articuladores do pagamento de propina a parlamentares da base ligada ao presidente Lula prejudicaram o projeto de disputar uma vaga no Senado em 2006, apesar de não sepultar o plano. Citou também a retaliação de Severino Cavalcanti como uma das barreiras para assumir algum ministério no governo federal.

"Se fosse para eu resumir 2005 em uma apenas uma única palavra, diria que foi turbulento. Houve muita turbulência, apesar do início do ano ter me proporcionado muita satisfação", afirmou Henry, ao lembrar que recebeu no dia 22 de dezembro de 2004 um telefonema do presidente Lula. Na ocasião, o petista lhe ofereceu uma vaga no staff.

À época do convite, cogitava-se que Henry assumiria os ministérios dos Esportes ou da Agricultura. Como apoiou o deputado Luiz Eduardo Greenhalg (PT-SP), derrotado por Severino Cavalcanti com apoio do "baixo clero" da Câmara, viu o convite ser esquecido pelo presidente Lula.

Apesar das dificuldades e dos inimigos, Henry garante que desempenhou a função no Estado. Se diz também o parlamentar que mais ajudou no governo Blairo Maggi, de quem espera apoio para disputar a senatória em 2006. Assim como ele, também pleiteia a vaga o ex-prefeito Jaime Campos (PFL).

"A minha trajetória incomoda muita gente. Na política, às vezes, é assim. A gente arruma inimigos sem nem saber por que, mas o importante é que fiz o meu trabalho de interface entre o Estado e o governo federal", completa Henry. O pepista ainda conta com processo sendo analisado pelo Conselho de Ética da Câmara, o que pode lhe custar o mandato e a inelegibilidade temporária.




Fonte: A Gazeta

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