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Politica Brasil
Sábado - 24 de Dezembro de 2005 às 23:59

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O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmou que as condições estão dadas para um forte crescimento do país no ano que vem e negou que tenha intenção de disputar algum cargo nas próximas eleições.

"Nós vamos crescer fortemente em 2006", disse em entrevista a jornalistas nesta sexta-feira, evitando falar em números. "(O quadro) é muito parecido com o cenário de transição de 2003 para 2004, com alguns indicadores melhores."

Em 2004, a economia brasileira cresceu 4,9 por cento. Para o ano que vem, muitos analistas esperam expansão em torno de 3,5 por cento.

Palocci argumentou que é importante perceber a evolução da economia brasileira nos últimos anos, principalmente no controle da inflação, que se reflete "no bolso do trabalhador".

"Colher uma inflação de 4,5 por cento no próximo ano e de 5,5 neste ano é um fruto que não é teórico... é um ganho que vai para o bolso do trabalhador", afirmou.

O ministro citou ainda, ao lado do controle da inflação, o cenário externo favorável, a melhora do risco-país, a renda real crescente e a disponibilidade de crédito como elementos para justificar o otimismo.

Palocci comentou também que não pretende ser candidato em 2006, apesar de admitir seu gosto pela política. "Não é adequado que o ministro da Fazenda, que lida com o Orçamento federal, fique trabalhando pensando numa candidatura", afirmou.

"O dia em que eu tiver essa vontade (de ser candidato) tem duas opções: sair imediatamente do ministério ou tomar um banho gelado. Tenho tomado banhos gelados quando isso acontece, então tenho a maior tranquilidade quanto a isso."

O ministro reiterou que pretende ajudar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva até o final do governo.

"Não tem nenhuma idéia, nenhum desejo de ser candidato. Penso até o final do governo do presidente Lula ajudá-lo naquilo em que ele acha que devo ajudá-lo e no período em que ele acha que devo ajudá-lo. Esse é o meu compromisso com o presidente."

Palocci acrescentou que vai trabalhar duro para que Lula seja candidato e se reeleja.

CÂMBIO

Palocci comentou também que o país deve terminar o ano com reservas internacionais perto de 55 bilhões de dólares.

Ao ser questionado sobre o real valorizado e a queixa de alguns setores exportadores, o ministro lembrou que o câmbio se aprecia quando o país melhora. "Nós não devemos brigar contra a melhora. Contra a distorção, sim. Quando há excesso de fluxo o BC vai lá (e compra dólares). Agora, querer escolher valor de câmbio nunca deu certo", afirmou.





Fonte: Reuters

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