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Namoro de frentão
Está em franco andamento o flerte que poderá dar namoro, entre os principais partidos políticos de Mato Grosso, o PPS, com o PFL, o PMDB e o PSDB, mais os seus agregados.
A intenção é formar um frentão para derrotar o PT em 2006. O articulador do namoro tem sido o senador Jonas Pinheiro, do PFL. Aliás, ele sempre defendeu uma aproximação entre as lideranças políticas estaduais. Em 2002 as coisas desandaram na eleição e não se consertaram mais.
Porém, com a condução do PSDB nacional pelo senador Tasso Jereissati, PSDB-CE, as coisas se facilitaram e se deu início ao flerte que resultará certamente em namoro. A verticalização, nesse caso, deixa de ser importante, porque se na cúpula as decisões se fecham em harmonia, não há porque, na base, elas se conflitarem.
Até porque a cúpula tem o mesmo objetivo da base em Mato Grosso: derrotar e varrer o PT do mapa em 2006. O governo Blairo Maggi guarda mágoas muito grandes pelo não-cumprimento de promessas assumidas pelo próprio presidente Lula em 2002.
Hoje são desafetos abertos.
Dessa forma, a idéia de se juntar todos os demais partidos é criar uma coalizão que permita não só derrotar o PT, mas aplainar terrenos políticos futuros.
O governador Blairo Maggi tem uma única grande aresta política, com o ex-governador Dante de Oliveira(PSDB). Ambos se cutucam permanentemente, apesar de compreenderem que uma aproximação pode ser vantajosa na continuidade política e na construção de um terreno ameno.
O senador Antero Paes de Barros não é resistente à aproximação, do mesmo modo que outras lideranças do PSDB. Publicamente, o PPS sempre fala pela boca do governador. Logo, se ele não opõe resistências, então o namoro é só uma questão de tempo.
Nesse caso, as chapas de governador, de vice, de senador à única vaga em disputa, as 8 federais e as 24 estaduais terão fácil preenchimento e darão muitas possibilidades aos candidatos. Quem tiver chances não precisará fazer tanto esforço como em eleições anteriores.
Crê-se que o PT não fará mais do que um deputado estadual e dificilmente reelegerá Carlos Abicalil, forte defensor do partido nas CPIs. De outro lado, já está bem claro que o sangramento do presidente Lula está visível em todas as camadas sociais, mesmo aquelas beneficiadas com as bolsas-família e todas as demais do gênero.
Na hipótese do frentão se consolidar, a senadora Serys Slhessarenko, a provável candidata do PT, vai pegar muito pesado, sob a tutela de um partido profundamente contestado.
Lembra a música: “do jeito que você me olha vai dar namoro”, cantarolam os partidos do futuro-possível frentão.
Onofre Ribeiro é articulista deste jornal e da revista RDM onofreribeiro@terra.com.br
A intenção é formar um frentão para derrotar o PT em 2006. O articulador do namoro tem sido o senador Jonas Pinheiro, do PFL. Aliás, ele sempre defendeu uma aproximação entre as lideranças políticas estaduais. Em 2002 as coisas desandaram na eleição e não se consertaram mais.
Porém, com a condução do PSDB nacional pelo senador Tasso Jereissati, PSDB-CE, as coisas se facilitaram e se deu início ao flerte que resultará certamente em namoro. A verticalização, nesse caso, deixa de ser importante, porque se na cúpula as decisões se fecham em harmonia, não há porque, na base, elas se conflitarem.
Até porque a cúpula tem o mesmo objetivo da base em Mato Grosso: derrotar e varrer o PT do mapa em 2006. O governo Blairo Maggi guarda mágoas muito grandes pelo não-cumprimento de promessas assumidas pelo próprio presidente Lula em 2002.
Hoje são desafetos abertos.
Dessa forma, a idéia de se juntar todos os demais partidos é criar uma coalizão que permita não só derrotar o PT, mas aplainar terrenos políticos futuros.
O governador Blairo Maggi tem uma única grande aresta política, com o ex-governador Dante de Oliveira(PSDB). Ambos se cutucam permanentemente, apesar de compreenderem que uma aproximação pode ser vantajosa na continuidade política e na construção de um terreno ameno.
O senador Antero Paes de Barros não é resistente à aproximação, do mesmo modo que outras lideranças do PSDB. Publicamente, o PPS sempre fala pela boca do governador. Logo, se ele não opõe resistências, então o namoro é só uma questão de tempo.
Nesse caso, as chapas de governador, de vice, de senador à única vaga em disputa, as 8 federais e as 24 estaduais terão fácil preenchimento e darão muitas possibilidades aos candidatos. Quem tiver chances não precisará fazer tanto esforço como em eleições anteriores.
Crê-se que o PT não fará mais do que um deputado estadual e dificilmente reelegerá Carlos Abicalil, forte defensor do partido nas CPIs. De outro lado, já está bem claro que o sangramento do presidente Lula está visível em todas as camadas sociais, mesmo aquelas beneficiadas com as bolsas-família e todas as demais do gênero.
Na hipótese do frentão se consolidar, a senadora Serys Slhessarenko, a provável candidata do PT, vai pegar muito pesado, sob a tutela de um partido profundamente contestado.
Lembra a música: “do jeito que você me olha vai dar namoro”, cantarolam os partidos do futuro-possível frentão.
Onofre Ribeiro é articulista deste jornal e da revista RDM onofreribeiro@terra.com.br
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/329586/visualizar/
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