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Politica Brasil
Terça - 20 de Dezembro de 2005 às 09:34

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O presidente George W. Bush afirmou em discurso ontem que irá continuar a monitorar a ação de suspeitos de terrorismo "enquanto os Estados Unidos continuarem sob a ameaça de um inimigo que deseja matar cidadãos americanos”.

"Como presidente dos Estados Unidos, eu tenho a responsabilidade e autoridade constitucional de proteger nosso país”, afirmou Bush, justificando a medida.

As declarações foram dadas três dias após Bush sofrer duras críticas a respeito da decisão de seu governo de utilizar escutas ilegais para vigiar suspeitos de terrorismo nos EUA e em outros países. O caso foi revelado após a publicação de uma reportagem no jornal "The New York Times”.

"É vergonhoso que um programa tão importante tenha sido levado a público em tempos de guerra”, disse ainda Bush.

PROGRAMA

As declarações foram dadas por Bush pouco depois de o secretário de Justiça americano, general Alberto González, ter afirmado que o Congresso deu permissão para Bush espionar supostos terroristas no país, com base em uma lei aprovada após os ataques de 11 de Setembro de 2001.

Segundo Bush, o programa - realizado pela Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) envolvia o monitoramento de telefonemas e e-mails entre indivíduos nos Estados Unidos que se comunicariam com terroristas de outros países.

Nos Estados Unidos, escutas telefônicas são permitidas somente após ordem judicial. No entanto, Bush disse aprovar a ação sem tais permissões nesses casos "para que o governo possa agir com mais rapidez.''

LEI

Bush também fez um apelo ao Congresso para que renove a Lei Patriótica, criada para o combate ao terrorismo, antes que ela expire, no final deste ano. "O Congresso tem a responsabilidade de outorgar aos funcionários da inteligência e aos agentes de segurança as ferramentas necessárias para proteger o povo americano”, afirmou.

"Na guerra contra o terror, não podemos nos permitir ficar sem essa lei por nenhum momento”, acrescentou Bush.

A renovação da lei foi aprovada pela Câmara dos Representantes, mas os democratas do Senado bloquearam sua aprovação final.




Fonte: Folhapress – São Paulo

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