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Politica Brasil
Segunda - 19 de Dezembro de 2005 às 09:11

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São Paulo - O senador Aloizio Mercadante (PT-SP), líder do governo no Senado, acredita na chance de o presidente Lula se reeleger em 2006.

Em entrevista ao Show Business, da Rede TV!, ele procurou minimizar o resultado das últimas pesquisas que colocaram o prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), na frente já no primeiro turno, lembrando que, em seu pior momento, o ex-presidente Fernando Henrique chegou a apenas 9% de aprovação, diante de um piso de 23% de Lula.

Mercadante admitiu que o momento político do governo não é dos mais favoráveis, mas que dependendo do desempenho da economia, haveria condições de reverter esse quadro. "Se nós chegarmos em 2006 crescendo fortemente, o emprego crescendo, o salário se recuperando, a inflação sob controle e as políticas sociais dando os seus resultados, melhorando os investimentos - frisou o senador - eu acho que o presidente Lula, do meu ponto de vista, tem todas as condições de ser candidato e vencer as eleições."

Taxa de juros Para reforçar o argumento da viabilidade da reeleição, Mercadante ressaltou que inflação, emprego e salário seriam o tripé responsável por dois terços da popularidade de um governo. "O resto é um pouco o ambiente político, que evidentemente foi muito desfavorável ao governo, mas também aí tudo está sendo apurado", ponderou. Quando o assunto é taxa de juros, o lado candidato do líder do governo no Senado falou mais alto: "Eu acho que o Banco Central tem sido muito conservador nessa desaceleração (da taxa básica de juros)", criticou.

O senador lembrou que com os juros menores o câmbio também voltaria para patamares mais favoráveis aos exportadores e, fazendo coro à ala que defende um aumento de gastos do governo, ressaltou que, como o superávit está muito acima da meta, haveria espaço para um certo relaxamento na política fiscal.

Imagem do PT

O senador petista também procurou minimizar as conseqüências que a atual crise política poderia provocar ao Partido dos Trabalhadores nas próximas eleições. "A verdade é que esse processo atingiu todos os partidos", garantiu ele. "O PT, como partido do governo, foi o mais exposto, o alvo prioritário dos ataques da oposição", prosseguiu. Ele procurou debitar os deslizes cometido à questão do caixa 2 nos partidos. "Eu acho que esse modelo está esgotado", frisou Mercadante, referindo-se ao modelo de financiamento de campanhas. "Por isso que a reforma político-eleitoral é uma reforma absolutamente indispensável e prioritária."

Candidatura Aloizio Mercadante disse que está animado com o resultado da pesquisa que o coloca entre segundo e terceiro lugares na corrida sucessória ao governo do Estado de São Paulo. E elogiou a ex-prefeita Marta Suplicy, que deve disputar com ele a indicação do PT ao governo: "Eu acho que o PT tem duas excelentes opções, já que ela também é uma grande liderança, uma excelente prefeita, uma mulher bastante presente na vida pública e que tem todas as condições."

Sobre as próprias chances, ele lembrou que quando saiu candidato ao Senado, no princípio as pesquisas o colocavam em quarto lugar e ele acabou sendo eleito com cinco milhões de votos a mais que o ex-governador Orestes Quércia, que lidera a atual pesquisa. "Eu sou o único que não teve experiência executiva e que aparece na melhor posição - sempre disputando em torno do segundo lugar, ou em empate técnico em relação a essas projeções -, então isso é uma coisa que me motiva bastante", ressaltou.





Fonte: AE

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