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Politica Brasil
Segunda - 19 de Dezembro de 2005 às 07:50
Por: Marcos Lemos

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A definição da vaga para o Senado da República, no grupo governista, nas próximas eleições e a possibilidade da abertura de uma vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE) revelam uma disputa entre as bancadas do PP e do PFL na Assembléia Legislativa, cada uma composta por cinco parlamentares.

O embate político entre os grupos de parlamentares que apóiam o ex-prefeito Jaime Campos, presidente do PFL, e o do deputado federal Pedro Henry (PP), que estão na disputa pela única vaga de senador da República na chapa encabeçada pelo governador Blairo Maggi no processo de reeleição - enquanto não há uma definição das regras eleitorais - remete também ao Tribunal de Contas do Estado.

Admitindo a possibilidade de antecipar em quase dois anos sua aposentadoria, o conselheiro Branco de Barros, ex-prefeito de Várzea Grande e ex-deputado estadual, abre uma vaga para um dos cargos mais cobiçados na estrutura pública de Mato Grosso por causa do seu caráter vitalício, ou seja, a função é definitiva enquanto não houver a aposentadoria do ocupante.

Do lado do presidente do PFL, Jaime Campos, está o deputado Zeca D’Ávila, que pleiteia a indicação da vaga pela Assembléia Legislativa, e do lado dos deputados do PP, liderados por Pedro Henry, está o deputado Alencar Soares, deputado de segundo mandato e que no primeiro pertencia ao PSDB de Dante de Oliveira, tendo sido preterido por três vezes na indicação pelo próprio ex-governador.

Seguidas reuniões tem acontecido em busca de uma definição que está praticamente levando os grupos, neste momento, a uma disputa nos bastidores. O deputado Alencar Soares (PP) chegou a passar uma lista entre todos os deputados estaduais para saber quem iria ou não apoiá-lo na disputa pela vaga no Tribunal de Contas do Estado.

Diante da disputa e com influência no governo do Estado, após ocupar a chefia da Casa Civil, o deputado Joaquim Sucena (PFL) também nos bastidores articula para ser o indicado de consenso.

O conselheiro Branco de Barros admite a possibilidade de pedir sua aposentadoria, a única exceção fica por conta de não ser aprovada em definitivo a emenda constitucional que altera para 75 anos e não mais para 70 anos a aposentadoria compulsória. Inclusive a emenda já está aprovada e promulgada, mas não foi regulamentada, ou seja, sem regulamentação seus efeitos são nulos. O conselheiro, por diversas vezes, publicamente admitiu que poderia antecipar seu pedido de aposentadoria e que não o faria apenas se fosse lhe dado mais tempo para a compulsória.




Fonte: Diário de Cuiabá

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