Programa do Brasil ameaça pesquisa sobre Aids, diz instituto
Os autores do estudo, Richard Tren e Roger Bate, argumentam que o aumento da resistência do vírus da Aids ao tratamento "é inevitável", o que cria a necessidade de desenvolvimento de novas terapias.
No entanto, dizem, "as ameaças do Brasil aos direitos de propriedade intelectual provavelmente detiveram algumas empresas na pesquisa de novas terapias para a Aids".
Agressividade
"Governos do mundo todo deveriam estimular tantas novas pesquisas quanto possível", diz o estudo publicado pelo AEI, um centro de estudos financiado por contribuições de indivíduos e empresas.
"Gerações futuras que precisem de tratamento antiretroviral, especialmente aqueles em países mais pobres, provavelmente vão pagar pelas atuais ações do Brasil."
Os autores reconhecem os bons resultados do programa de combate à Aids no Brasil até agora, e dizem que ele é baseado em parte "na produção de versões genéricas baratas de terapia antiretroviral e em assegurar descontos significativos para a terapia patenteada".
O estudo conclui que as circunstâncias do Brasil são quase únicas entre os países que tentam fornecer grandes quantidades de tratamentos antiretrovirais, pois o país "tem uma economia grande e em crescimento e baixa prevalência de Aids".
Por isso, argumentam, "não é um modelo que seja replicado em outros lugares".
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