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Dilma ataca juro alto e diz que Palocci fica
Brasília - A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou hoje que espera um desempenho positivo da economia no quarto trimestre, mas que ainda não é possível prever de quanto será a expansão. De acordo com ela, a desaceleração da economia brasileira no terceiro trimestre - queda de 1,2% - reflete os aumentos na taxa de juros promovidos há mais de seis meses. Entretanto, agora, com a tendência de queda dos juros, iniciada pelo Banco Central em setembro, ela disse esperar que a economia volte a crescer tanto nos últimos três meses do ano quanto no que vem.
Apesar do ataque à política de juro alto, a ministra destacou que "não há a menor hipótese" de o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, ser afastado do governo. Em entrevista na saída de almoço com o Comando da Marinha, Dilma destacou a "contribuição" de Palocci para a economia e reafirmou que a manutenção dele no cargo é uma determinação do presidente Lula.
Demonstrando otimismo para 2006, a ministra considerou que o País poderá crescer com maior intensidade. "Há todas as condições para no ano de 2006 haver um crescimento sustentado da economia acima de 4%", disse. Segundo ela, essa expansão se mostra viável porque há uma sinalização do BC no sentido de reduzir os juros.
Defesa de superávit menor Dilma afirmou ainda que a queda na taxa de juros e uma trajetória mais acelerada de crescimento permitirão, no futuro, a realização de superávit primário menor do que 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB). O superávit é o resultado da arrecadação do governo menos os gastos, exceto o pagamento de juros. Contudo, ela confirmou que a meta para 2005 e 2006 continua em 4,25%.
A ministra aproveitou para reforçar o papel do crescimento econômico, que "deixa uma situação mais confortável para a política fiscal" porque eleva a arrecadação sem aumento de impostos e também aumenta o PIB - reduzindo a relação dívida/PIB.
Ela afirmou que num cenário positivo de juros em queda e crescimento econômico maior, é mais fácil fazer ajustes. "É melhor que seja feito o ajuste com a bicicleta andando, e não parada", disse. Embora tenha reafirmado a meta de 4,25%, o cenário do próximo ano indica ser mais propício a ajustes. "Em 2006, teremos uma confluência virtuosa que permitirá que tudo seja mais fácil", afirmou.
Fonte:
Agência Estado
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