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Politica Brasil
Quarta - 07 de Dezembro de 2005 às 14:08
Por: Patricia Neves

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O ex-governador do Estado, Wilmar Peres de Farias, é procurado pela Polícia Federal sob a acusação de integrar um grupo que explorava e grilava a Terra Indígena do Rio Pardo, em Colniza (1.165 km de Cuiabá). Além dele, a Justiça Federal decretou a prisão temporária (por 5 dias), do ex-diretor da Companhia de Desenvolvimento do Estado (Codemat), Eduardo Penteado, da irmã dele Sônia Penteado e do ex-presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Walderson Moraes Coelho. Até o fechamento desta edição nenhum deles havia sido preso.

O secretário de Habitação de Cuiabá, Oscar Soares Martins (que passou também 5 dias preso), apresentou documentos à Justiça que demonstram um esquema montado pelo grupo que viabilizava "laranjas", no ano de 1986, que propiciavam a apropriação de terras públicas por meio de procurações e transferência de títulos. Oscar Soares Martins argumenta ter emitido uma procuração a Eduardo Penteado, como favor, em 1986, sem ter conhecimento de que o documento seria usado para compra de terras em áreas proibidas. No ano passado ele ingressou com pedido para cancelar o documento.

A área que vinha sendo comercializada é composta de 53 mil hectares da Terra Indígena Rio Pardo. A Justiça Federal considera ainda que o grupo atuava na formalização de procedimentos junto ao Intermat beneficiando servidores lotados no órgão com áreas.

As prisões foram decretadas no sábado (3) a pedido do Ministério Público Federal dentro da operação Rio Pardo, desencadeada no último dia 29.

Peres (que governou MT por 4 meses) mora em Barra do Garças (516 km de Cuiabá). Ele foi procurado pela equipe da PF, nas sedes das empresas Barra Band, no Hotel Araguaia, na residência, e também em uma fazenda localizada a 120 km de Barra, no distrito de Toricueje. Wilmar foi governador no ano de 1986, também deputado federal e prefeito de Barra do Garças, por duas vezes. A reportagem tentou contato com ex-governador na residência e por meio de telefone celular, sem sucesso.





Fonte: Redação 24HorasNews

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