Sem otimismo com 4º trimestre, CNI reduz projeção para PIB
Brasília - O economista da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Paulo Mol informou hoje que a entidade reduziu sua expectativa de crescimento da economia e da indústria em 2005. Segundo ele, a estimativa de crescimento do PIB nacional em 2005 caiu de 3,5% para 2,5%, em função da queda de 1,2% no terceiro trimestre, divulgada na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação ao PIB industrial, a CNI reviu a previsão de aumento de 4,4% para aproximadamente 3%. Somente para a indústria de transformação, a revisão para baixo deve ser ainda maior. Segundo Mol, a estimativa de crescimento, que era de 4%, deve ficar em torno de 2% apenas.
Ele explicou que a previsão da CNI para a indústria é diferente do cálculo utilizado na pesquisa industrial mensal feita pelo IBGE (produção física). Segundo ele, a ponderação dos produtos é diferente, o que faz com que a estimativa do IBGE fique sempre acima da projeção da CNI.
Crescimento industrial do 4º trimestre não será muito forte O economista da CNI avaliou que as vendas industriais no mês de outubro devem frustrar as expectativas otimistas de um desempenho mais robusto no quarto trimestre. Ele acredita que haverá um crescimento da atividade industrial no último trimestre, mas não muito forte. Ele destacou ainda que essa recuperação também acontecerá considerando que a base de comparação, ou seja o resultado do terceiro trimestre, é muito fraca.
O chefe do Departamento Econômico da CNI, Flávio Castelo Branco, afirmou que a produção industrial deve continuar registrando crescimento, mas o faturamento das empresas deve continuar caindo em novembro e dezembro, dependendo da intensidade da valorização do real.
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