Uso de celular elimina três candidatos da UPE

O primeiro dia de provas do Vestibular da Universidade de Pernambuco (UPE) teve três candidatos eliminados do concurso. Os estudantes, de idades e nomes não-divulgados pela Comissão de Vestibular, foram flagrados portando aparelhos celulares durante a prova, dois no Colégio Americano Batista, na Boa Vista, e o outro no Colégio da Polícia Militar, no Engenho do Meio. Em um dos casos, fiscais identificaram a irregularidade enquanto o candidato seguia para o banheiro e, nos demais, o telefone tocou durante a realização da prova.

Dos candidatos eliminados, dois disputavam vagas para o curso de Medicina e o outro para o de Pedagogia. Segundo o presidente da Comissão de Vestibular da UPE, Armando Carneiro, a proibição serve para evitar fraudes. No ano passado, um fera foi eliminado do concurso depois de ter sido flagrado tentando repassar as respostas para um amigo por telefone.¿O aluno não pode fazer um concurso sem conhecer as regras. Esse item estava impresso com destaque no verso da primeira página do manual do candidato¿, destacou. Os casos serão encaminhados para a Delegacia de Defraudações para que as irregularidades sejam registradas.

Este foi o primeiro ano em que a Comissão de Vestibular da UPE resolveu proibir totalmente os feras de conduzirem telefones celulares aos locais de prova. Nas edições anteriores do concurso, eles poderiam levar os aparelhos, desde que fossem desligados e entregues aos fiscais. Como ontem foi o primeiro dia da proibição, a Comissão de Vestibular permitiu que estudantes entregassem os aparelhos desligados aos fiscais. A partir de hoje, quem for pego conduzindo telefones celulares será automaticamente eliminado. Outra medida implementada neste ano foi a proibição de copiar o gabarito das provas.

Para escapar da eliminação, muitos tiveram que deixar os telefones celulares com pais, amigos, professores e até mesmo desconhecidos que estavam próximo aos locais de prova. O comerciante Damião Diniz, 35, que vende alimentos em um veículo estacionado na frente da Escola Politécnica, na Madalena, guardou 18 telefones sem cobrar nada. ¿Isso é um absurdo¿, reclamou a estudante Rafaela Dantas, 19, que tenta pela segunda vez vestibular para Engenharia Civil.