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Politica Brasil
Segunda - 05 de Dezembro de 2005 às 07:43
Por: Téo Menezes

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No próximo dia 31, prescreve o prazo para a Justiça Federal propor ação de improbidade administrativa contra o ex-senador Carlos Bezerra (PMDB), o ex-presidente da Assembléia Legislativa, deputado Gilmar Fabris (PFL), e o ex-presidente da Câmara de Juscimeira, Paulo Franco (PMDB). Eles são investigados por suposta participação em uma rede de proteção ao ex-prefeito José Rezende da Silva ( também do PMDB), o Zé Guia, preso pelo assassinato do agricultor Valdivino Luiz Pereira.

O inquérito contra Bezerra, Fabris e Paulo Franco se encontra no Ministério Público Federal (MPF), na mesa do procurador Mário Lúcio Avelar. Fundamenta-se em escutas telefônicas autorizadas pelo Poder Judiciário do Estado realizadas entre 25 de dezembro de 1999 e 01 de fevereiro de 2000.

Se o MPF não tomar nenhuma decisão até o fim do mês, a ação perderá a validade legal para se propor ação de improbidade administrativa aos envolvidos. O caso está sob responsabilidade da Justiça Federal porque, quando o inquérito foi instaurado, Bezerra era um dos três senadores de Mato Grosso e outros também exerciam mandato público.

De acordo com dossiê de 195 páginas que relata conversas gravadas em nove linhas telefônicas, Bezerra, Fabris e Franco zombam das autoridades e citam outros possíveis colaboradores para o esquema que teria facilitado a posse de Zé Guia como prefeito mesmo depois de ter confessado o crime, ocorrido em 1983.

As conversas mostram ainda que Paulo Franco e Fabris combinaram a posse do prefeito na Câmara e também a fuga de Zé Guia. Franco explica que os vereadores seriam empossados e, no meio da sessão, ele levaria o livro Ata até a sala da Presidência para o prefeito assinar. Em seguida, Zé Guia sairia pelos fundos da Câmara, de carro, até chegar ao avião. O procurador Mário Lúcio Avelar foi procurado para se pronunciar mas não comentou o caso.




Fonte: A Gazeta

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