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Cúpula tenta chegar a consenso sobre ambiente
As organizações ecologistas aqueceram o ambiente da Cúpula de Montreal sobre Mudança Climática na qual delegados de 189 países tentam acertar posições para poder chegar a um consenso antes do final da reunião, em 9 de dezembro.
Dezenas de milhares de pessoas, até 40.000 segundo os organizadores, desfilaram no sábado pelas ruas de Montreal enquanto no Palácio de Congresso da cidade canadense se prolongavam até altas horas da noite as reuniões de vários grupos negociadores, particularmente do artigo 3.9 do Protocolo de Kioto.
Os manifestantes - que desfilaram de forma festiva em temperaturas de até 10 graus abaixo de zero - expressaram com clareza sua mensagem: mais Kioto, menos Estados Unidos, especialmente menos George W. Bush.
"Não há nada a fazer com a Administração Bush", declarou à EFE o americano Steve Sawyer, chefe da delegação do Greenpeace em Montreal e conselheiro sobre Política Climática da organização ecologista.
"Não são os Estados Unidos, é Bush. Muitas empresas, autoridades locais e inclusive Estados estão se movimentando na direção de Kioto e há excelentes iniciativas em andamento, mas enquanto Bush estiver na Casa Branca não há nada a fazer", explicou Sawyer.
Sawyer se refere ao conteúdo do artigo 3.9 do Protocolo de Kioto que exige a negociação de futuros compromissos de reduções de emissões aos países do Protocolo, processo que tem que começar antes de 31 de dezembro de 2005.
Em um extremo se situam os Estados Unidos, que se opuseram categoricamente a compromissos para reduções. No outro, a União Européia e a maioria dos demais países industrializados comprometidos com Kioto, dispostos a aprofundar o caminho do Protocolo.
No meio, os países em vias de desenvolvimento, com toda uma diversidade de opções.
Neste momento, os delegados estão tentando fundir em um só texto três propostas diferentes apresentadas respectivamente pela União Européia, Japão e o G77 (os países em desenvolvimento) antes que a cúpula acabe na próxima sexta-feira para que de Montreal saiam as regras básicas que governarão a negociação do pós-2012.
A proposta do G77 e China é que continue o processo do artigo 3.9, mas que as obrigações que forem negociadas só afetem os países desenvolvidos, os 40 que atualmente estão comprometidos por Kioto a reduzir até 2012 5,2% - com relação a 1990 - suas emissões de CO2.
A União Européia, por sua vez, quer que no acordo que governe o mundo após 2012, os países em vias de desenvolvimento também tenham alguma participação na redução de suas emissões de gases do efeito estufa.
O Japão mantém uma postura similar à da União Européia na qual se solicita uma participação mais ampla "na qual os países (em vias de desenvolvimento) que sejam capazes de fazer mais, façam-no".
Além disso, o presidente da conferência, o ministro do Meio Ambiente canadense Stephén Dion, apresentou uma proposta com a esperança de convencer Washington a aceitar participar de negociações futuras.
O representante do Greenpeace considera que nesta situação, "o truque é ver se há alguma forma de montar um consenso que possa movimentar o processo", mas se mostrou cético que a Cúpula possa conseguir esse propósito.
"Minha opinião é que os Estados Unidos não vão aceitar nada a menos que seja algo completamente vazio", acrescentou Sawyer.
Diante desta situação de bloqueio, cada vez mais delegados acreditam que a única forma de conseguir algum avanço é esperar a chegada dos ministros do Meio Ambiente para o lance final da Cúpula a partir de terça-feira e confiar que eles consigam destravar o processo.
Dezenas de milhares de pessoas, até 40.000 segundo os organizadores, desfilaram no sábado pelas ruas de Montreal enquanto no Palácio de Congresso da cidade canadense se prolongavam até altas horas da noite as reuniões de vários grupos negociadores, particularmente do artigo 3.9 do Protocolo de Kioto.
Os manifestantes - que desfilaram de forma festiva em temperaturas de até 10 graus abaixo de zero - expressaram com clareza sua mensagem: mais Kioto, menos Estados Unidos, especialmente menos George W. Bush.
"Não há nada a fazer com a Administração Bush", declarou à EFE o americano Steve Sawyer, chefe da delegação do Greenpeace em Montreal e conselheiro sobre Política Climática da organização ecologista.
"Não são os Estados Unidos, é Bush. Muitas empresas, autoridades locais e inclusive Estados estão se movimentando na direção de Kioto e há excelentes iniciativas em andamento, mas enquanto Bush estiver na Casa Branca não há nada a fazer", explicou Sawyer.
Sawyer se refere ao conteúdo do artigo 3.9 do Protocolo de Kioto que exige a negociação de futuros compromissos de reduções de emissões aos países do Protocolo, processo que tem que começar antes de 31 de dezembro de 2005.
Em um extremo se situam os Estados Unidos, que se opuseram categoricamente a compromissos para reduções. No outro, a União Européia e a maioria dos demais países industrializados comprometidos com Kioto, dispostos a aprofundar o caminho do Protocolo.
No meio, os países em vias de desenvolvimento, com toda uma diversidade de opções.
Neste momento, os delegados estão tentando fundir em um só texto três propostas diferentes apresentadas respectivamente pela União Européia, Japão e o G77 (os países em desenvolvimento) antes que a cúpula acabe na próxima sexta-feira para que de Montreal saiam as regras básicas que governarão a negociação do pós-2012.
A proposta do G77 e China é que continue o processo do artigo 3.9, mas que as obrigações que forem negociadas só afetem os países desenvolvidos, os 40 que atualmente estão comprometidos por Kioto a reduzir até 2012 5,2% - com relação a 1990 - suas emissões de CO2.
A União Européia, por sua vez, quer que no acordo que governe o mundo após 2012, os países em vias de desenvolvimento também tenham alguma participação na redução de suas emissões de gases do efeito estufa.
O Japão mantém uma postura similar à da União Européia na qual se solicita uma participação mais ampla "na qual os países (em vias de desenvolvimento) que sejam capazes de fazer mais, façam-no".
Além disso, o presidente da conferência, o ministro do Meio Ambiente canadense Stephén Dion, apresentou uma proposta com a esperança de convencer Washington a aceitar participar de negociações futuras.
O representante do Greenpeace considera que nesta situação, "o truque é ver se há alguma forma de montar um consenso que possa movimentar o processo", mas se mostrou cético que a Cúpula possa conseguir esse propósito.
"Minha opinião é que os Estados Unidos não vão aceitar nada a menos que seja algo completamente vazio", acrescentou Sawyer.
Diante desta situação de bloqueio, cada vez mais delegados acreditam que a única forma de conseguir algum avanço é esperar a chegada dos ministros do Meio Ambiente para o lance final da Cúpula a partir de terça-feira e confiar que eles consigam destravar o processo.
Fonte:
Agência EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/331838/visualizar/
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