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"Dreamteam" grava Villa-Lobos
Que Villa-Lobos é o nosso maior compositor a gente já ouve com certa freqüência. Mas nunca é demais relembrar os motivos que fizeram dele, para além das nossas fronteiras, um marco da música no século 20. Se de um lado Villa bebeu tanto nos chorões urbanos quanto na tradição indígena, de outro absorveu o experimentalismo que fez da década de 20 na Europa um dos períodos mais interessantes da história da música. E é desse período que data a maior parte das peças reunidas no álbum duplo A Obra de Câmara para Sopros de Heitor Villa-Lobos (Academia Brasileira de Música).
A interpretação é do quinteto que leva o nome do compositor e de alguns músicos convidados. É um senhor time: Antonio Carrasqueira (flauta), Luís Carlos Justi (oboé), Paulo Sérgio Santos (clarineta), Aloysio Fagerlande (fagote) e Philip Doyle (trompa), mais Maria Teresa Madeira (piano), Turíbio Santos (violão) e Watson Clis (violoncelo), entre outros. E na interpretação dos Choros nº 7, um luxo a mais: a regência de Noël Devos, que trabalhou com Villa-Lobos e cujas dicas, segundo os músicos envolvidos na gravação, permitiram releituras dos andamentos sugeridos pelo compositor nas partituras.
Em entrevista recente ao Grupo Estado, a pianista baiana Cristina Ortiz comentava que muito da música de Villa-Lobos está no intérprete. Em outras palavras, as partituras, muitas vezes com problemas de leitura ou até mesmo estruturais (Villa nunca foi um mestre da forma), pedem ao músico que as complete. Algo parecido está anotado no encarte desse disco, que tem, entre outras obras, os Choros nº 2 e nº 4, o Quarteto e o Trio, ambas de 1921, o Assobio a Jato, o Quinteto em Forma de Choros e o Sexteto Místico. Os músicos chamam a atenção: choro, maxixe, maracatu, embolada, samba, modinha, seresta, tudo isso permeia a produção de Villa. s vezes, está anotada a referência. Em outras palavras, fica tudo nas "entrelinhas".
Tudo isso basta para sugerir a importância do intérprete. Não se trata, obviamente, de dizer que só os russos podem entender Tchaikovsky, ou que só brasileiros sabem tocar Villa-Lobos, porque possuiriam uma brasilidade intrínseca, quase mítica. Não é nada tão espiritual assim.
A interpretação é do quinteto que leva o nome do compositor e de alguns músicos convidados. É um senhor time: Antonio Carrasqueira (flauta), Luís Carlos Justi (oboé), Paulo Sérgio Santos (clarineta), Aloysio Fagerlande (fagote) e Philip Doyle (trompa), mais Maria Teresa Madeira (piano), Turíbio Santos (violão) e Watson Clis (violoncelo), entre outros. E na interpretação dos Choros nº 7, um luxo a mais: a regência de Noël Devos, que trabalhou com Villa-Lobos e cujas dicas, segundo os músicos envolvidos na gravação, permitiram releituras dos andamentos sugeridos pelo compositor nas partituras.
Em entrevista recente ao Grupo Estado, a pianista baiana Cristina Ortiz comentava que muito da música de Villa-Lobos está no intérprete. Em outras palavras, as partituras, muitas vezes com problemas de leitura ou até mesmo estruturais (Villa nunca foi um mestre da forma), pedem ao músico que as complete. Algo parecido está anotado no encarte desse disco, que tem, entre outras obras, os Choros nº 2 e nº 4, o Quarteto e o Trio, ambas de 1921, o Assobio a Jato, o Quinteto em Forma de Choros e o Sexteto Místico. Os músicos chamam a atenção: choro, maxixe, maracatu, embolada, samba, modinha, seresta, tudo isso permeia a produção de Villa. s vezes, está anotada a referência. Em outras palavras, fica tudo nas "entrelinhas".
Tudo isso basta para sugerir a importância do intérprete. Não se trata, obviamente, de dizer que só os russos podem entender Tchaikovsky, ou que só brasileiros sabem tocar Villa-Lobos, porque possuiriam uma brasilidade intrínseca, quase mítica. Não é nada tão espiritual assim.
Fonte:
AE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/331850/visualizar/
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