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Politica Brasil
Quinta - 01 de Dezembro de 2005 às 08:47
Por: Romilson Dourado

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Numa decisão inédita, a nova direção estadual do PPS aprovou resolução que proíbe filiado de apoiar e fazer campanha para candidato nas eleições de 2006 que não seja da própria legenda, sob pena de até ser punido com expulsão. A determinação corporativa ainda é desconhecida da maioria dos filiados, mas já provoca polêmica.

É a primeira vez em Mato Grosso que uma agremiação partidária veta seus filiados de votar em postulante a cargo eletivo de outra sigla. Analistas políticos consideram que essa obrigatoriedade imposta aos militantes do PPS dificultará ainda mais o governador Blairo Maggi de "costurar" um amplo arco de alianças na corrida pela reeleição.

Hoje, Maggi vive incógnita sobre quais líderes e legendas vão estar no seu palanque devido à incerteza sobre as regras eleitorais, principalmente quanto à verticalização, que obriga os partidos nos Estados a repetirem as mesmas composições no cenário nacional. Por enquanto, o PPS tem a segurança do apoio somente do PDT, PV e PHS. Espera contar com PFL de Jaime Campos, com o PP de Pedro Henry e José Riva, com o PMDB de Carlos Bezerra e com o PTB de Ricarte de Freitas.

Alguns prefeitos do PPS já fecharam apoio a candidatos de outras legendas. São os casos de Geraldo Martins da Silva, do Vale do São Domingos, e de Jesuíno Gomes, o Malaquias, de Lambari D"Oeste. Ambos assumiram compromisso em trabalhar pela reeleição do deputado José Riva (PP). Neste caso, mesmo Riva fazendo parte da base, Geraldo e Malaquias se vêem impedidos de apoiá-lo publicamente. Se insistirem podem ser expulsos do PPS, conforme estabelece a resolução. Pré-candidatos por outros partidos entendem que, com a proibição em buscar votos de militantes do PPS, ficará difícil composição.

O Regimento Interno aprovou 23 itens na convenção regional do último sábado, que marcou o retorno de Percival Muniz à direção do PPS. A executiva tem 41 integrantes. A resolução mais polêmica é a que determina sanções, como suspensão temporária, exclusão do comando partidário e expulsão para quem não votar nos concorrentes pelo partido. Na proporcional, o PPS conta com 24 pré-candidatos a deputado estadual e, nove, a federal.

Perguntado se a resolução não dificulta alianças, o primeiro-secretário da executiva do PPS, Wagner Simplício, argumenta que é preciso separar estratégia eleitoral do governo das ações do partido. "Uma coisa é o governo, que não é só do PPS. Outra é o PPS em si que sempre foi favorável a alianças, mas contra o fisiologismo", enfatizou Simplício.




Fonte: A Gazeta

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