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Politica Brasil
Quarta - 30 de Novembro de 2005 às 23:46
Por: Simone Menocchi

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São José dos Campos (SP) - O corpo da engenheira Iara Iaeko Sonoda, de 36 anos, será enterrado nesta quinta, no cemitério da Paz, no Morumbi, em São Paulo. A funcionária da Embraer, que trabalhava no departamento de qualidade das aeronaves, foi brutalmente assassinada pelos porteiros do prédio onde morava, em São José dos Campos, Vale do Paraíba.

Segundo a polícia civil os porteiros Williney do Carmo da Silva e Aldo Luciano Neves Viana renderam a engenheira na manhã de terça-feira no próprio apartamento, no Residencial Maringá. A dupla obrigou a vítima a escrever uma carta ao gerente da agência do Banco do Brasil, que funciona dentro da Embraer, pedindo que o mesmo descontasse um cheque de R$ 15 mil.

Enquanto Aldo tomava conta da vítima, ainda viva, no apartamento, o outro porteiro, Williney foi até a agência para trocar o cheque. Ao ser interpelado pelo gerente, apresentou a carta. Mesmo assim, o bancário desconfiou e ligou para a vítima, que estava com voz trêmula. "O gerente percebeu que havia algo errado e chamou a polícia. Uma equipe foi para a Embraer e a outra para o prédio onde ela morava", contou o comandante da PM coronel Cláudio Longo.

"Quando a equipe chegou no prédio o porteiro tentou enganar os policiais, dizendo que e engenheira tinha saído logo cedo e não estava em casa", completou. O porteiro Williney conseguiu sacar o dinheiro e na saída da empresa foi preso. "Acabou confessando o crime e entregando o colega", disse o delegado Gilmar Guarnieri.

Os policiais estouraram a porta do apartamento e encontraram a vítima morta no banheiro, com um saco plástico na cabeça e as mãos amarradas. O laudo inicial do Instituto Médico Legal comprovou que Iara morreu asfixiada. Os dois foram presos em flagrante e vão responder por tortura, latrocínio e formação de quadrilha.

O pai da vitima, Natomi Sonoda, esteve na manhã desta quarta no IML de São José dos Campos para liberar o corpo. Chocado com a brutalidade, ele comentou o fato com muita tristeza. "Isso não se faz nem com um animal".

O crime também chocou os moradores do condomínio. Um vizinho e amigo de Iara que pediu para não ser identificado contou que os moradores ficaram apavorados ao saber "que qualquer um poderia ter sido a vítima". "Os porteiros eram muito gentis, jamais poderíamos imaginar que isso acontecesse".




Fonte: Agência Estado

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