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Politica Brasil
Quarta - 30 de Novembro de 2005 às 21:48

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As autoridades de Uganda afirmaram hoje que a oferta de paz feita por um grupo rebelde que combate o Governo no norte do país há quase duas décadas é bem-vinda, mas só será aceita "se for realmente sincera".

O Governo reagiu assim a uma declaração feita por um dos principais dirigentes do Exército de Resistência do Senhor (LRA, em inglês), Vicent Otti, que fez uma oferta para iniciar conversas de paz dentro ou fora de Uganda.

"Se a declaração atribuída a Otti for autêntica, então será bem-vinda", disse o ministro do Interior, Ruhakana Rugunda, o representante do Governo de Yoweri Museveni que acompanhou mais de perto as conversas anteriores com o LRA.

Em entrevista concedida à rede britânica BBC de um telefone por satélite, Otti - braço direito do líder máximo do LRA, Joseph Kony - disse que "Kony autorizou a me dirigir a vocês para dizer que queremos manter negociações de paz com o Governo de Uganda, dentro ou fora do país".

Se chegar ao poder, o LRA garante que governará o país com base nos Dez Mandamentos. O líder máximo do grupo rebelde, Kony, que está refugiado no sul do Sudão, é um dirigente messiânico que apareceu poucas vezes em público.

A guerra do norte de Uganda deixou 1,6 milhões de pessoas sem casa. O LRA se destacou pela brutalidade de suas ações e por recrutar à força cerca de 12.000 crianças para transformá-las em soldados ou para usá-las como escravos sexuais.

A última rodada das conversas de paz terminou no final do ano passado, quando os representantes do LRA se negaram a assinar um acordo para o cessar-fogo permanente, com o argumento de que precisavam consultar suas bases.

Desde então, não houve novas iniciativas de paz e, pelo contrário, o Exército aumentou seus ataques contra as posições do LRA.




Fonte: EFE

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