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Meio Ambiente
Quarta - 30 de Novembro de 2005 às 09:39

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Washington - Um tratamento de radiação centralizada combinada com quimioterapia, desenvolvido por médicos americanos, conseguiu prolongar a vida de pacientes com câncer hepático, um dos mais letais. Até agora, a cirurgia foi a melhor forma de atacar esse tipo de câncer que causará neste ano cerca de 667.000 mortes no mundo, 83% delas nos países em desenvolvimento, segundo números da Sociedade do Câncer dos EUA.

Os pesquisadores do Centro de Oncologia da Universidade de Michigan disseram que o novo tratamento conseguiu prolongar de maneira considerável a vida de seus pacientes.

O tratamento consiste, principalmente, em centralizar a radiação sobre o tumor e não na totalidade do fígado como tem sido feito até Agora.

Ao mesmo tempo, a quimioterapia aplicada tem 400 vezes mais medicamentos que em um tratamento convencional.

"Esta combinação aplicada de forma intensiva a permite chegar diretamente ao tumor e limita a exposição do tecido normal à radiação", disseram os cientistas em um relatório divulgado pela publicação especializada Journal of Clinical Oncology.

No estudo, os pacientes receberam radiação duas vezes por dia, durante duas semanas, junto com a aplicação contínua de quimioterapia com o remédio floxuritine, aplicado por meio de um cateter na artéria que alimenta diretamente o fígado.

Os pacientes descansaram durante 14 dias antes de retornarem ao processo durante outras duas semanas.

A sobrevivência típica de doentes de câncer hepático é de entre oito e nove meses, mas com o tratamento ao que 128 pacientes se submeteram a média foi de 15,8 meses.

Na maioria dos casos, tratou-se pacientes com câncer no conduto hepático ou no cólon, que se propagou para o fígado. Todos eles tinham em comum o fato de não serem candidatos a uma cirurgia e que seus índices médios de sobrevivência eram de oito ou nove meses.

Com o novo método de radiação, os pacientes com câncer no fígado viveram uma média de 15,2 meses; com câncer no conduto hepático, 13,3 meses, e aqueles com câncer de cólon, 17,2 meses.

"Os pacientes com câncer colo-retal com metástases que participaram deste teste clínico, já não tinham chances de quimioterapia quando entraram no estudo", disse Edgar Ben-Josef, professor de radiação oncológica da Escola de Medicina da Universidade de Michigan.

"Portanto, uma média de sobrevivência de 17 meses neste tipo de pacientes é uma melhora substancial e definitivamente relevante em termos clínicos", acrescentou.




Fonte: EFE

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