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Politica Brasil
Terça - 29 de Novembro de 2005 às 12:40

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A Corte Suprema da Suécia absolveu hoje o pastor Aake Green da acusação de difamação contra um grupo social por um sermão em que qualificou os homossexuais de "tumor" e "anormais", e vinculou o homossexualismo à aids e à pedofilia.

A sentença do Supremo afirma que suas expressões ultrapassam os limites de uma discussão "objetiva e crível sobre o grupo homossexual", mas também que foram pronunciadas perante sua comunidade de paroquianos e acredita que um veredicto condenatório não seria aceito pelo Tribunal Europeu de Estrasburgo.

Green tinha sido condenado a um mês de prisão, mas depois foi absolvido em segunda instância, devido a um sermão que pronunciou em 2003 em Borgholm, na ilha báltica de Oeland.

O promotor Stefan Johansson qualificou o veredicto de "muito interessante", porque "diz que em cada caso é preciso fazer uma interpretação à luz da Convenção Européia", que consideraria uma sentença condenatória uma violação da liberdade religiosa de Green.

O promotor superior para crimes de difamação, Sven-Erik Alhem, ressaltou que a sentença fazia referência a uma situação concreta (um sermão) e que Green não estimulou a violência, mas que isso não significa que agora há uma via livre para atacar os homossexuais.

"Estava preparado tanto para ser absolvido como para ser condenado. Agora podemos nos sentir mais livres quando pregarmos a palavra de Deus", disse Green, após saber da sentença. O pastor tinha declarado que preferia ir à prisão a realizar um serviço social substitutivo se a sentença fosse condenatória.

Green disse que não fará mais sermões sobre o homossexualismo. "Minha mensagem é que se deve viver de acordo com a ordem da criação, e o normal é uma família com mulher, marido e filhos. Penso que o anormal é o homossexualismo e seu modo de vida, e tenho o direito de dizer isso", declarou o pastor há três semanas quando compareceu ao Supremo.

O pastor sueco pertence à Igreja de Pentecostes, uma confissão protestante minoritária, independente da Igreja Nacional Protestante Sueca e de tendência conservadora.





Fonte: EFE

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