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Internacional
Segunda - 28 de Novembro de 2005 às 11:33

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O Reino Unido e a Espanha exercem hoje pressão sobre os participantes da Cúpula Euro-mediterrânea para que seja assinado um acordo sobre o chamado Código de Conduta contra o terrorismo, embora reconheçam que há muitas dificuldades para alcançá-lo.

Os obstáculos ficaram patentes na conversa entre o presidente do Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, e seu diretor de política internacional, Carles Casajoana, assessor de política externa da Presidência de Governo, que teve trechos acidentalmente transmitidos pelo sistema de áudio da sala de imprensa no início da Cúpula.

Fontes do Governo informaram que as delegações lideradas por Zapatero, como anfitrião da cúpula, e Tony Blair, como presidente rotativo da União Européia neste semestre, estão redobrando os contatos com outras comitivas para tentar o acordo.

A posição de representantes de alguns países da margem sul do Mediterrâneo são o principal empecilho.

Na conversa vazada para a imprensa, Casajoana comentou com Zapatero as dificuldades existentes para fechar "os textos" da Cúpula e pôde-se ouvir o chefe do Governo afirmar que "é preciso fechá-lo seja como for".

O diretor de Política Internacional espanhol respondeu que talvez Zapatero tivesse de pedir a Blair que se empenhasse porque "eles estão prestes a jogar a toalha".

Casajoana também disse que os israelenses "estão intratáveis e não aceitam um texto há seis meses e os outros estão tranqüilos porque dizem que é culpa de Israel".

O diplomata avisou Zapatero de que talvez seja necessário encontrar uma brecha para que ele pudesse reunir-se com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas. Zapatero e o presidente palestino, mais tarde, marcaram um encontro.

A Cúpula de Barcelona deve aprovar hoje um Plano de Trabalho para cinco anos, um Código de Conduta antiterrorista e uma declaração final.

Fontes da União Européia indicam que o Plano de Trabalho está pronto e as dificuldades se concentram no Código de Conduta antiterrorista e na Declaração Final. Os dois documentos estão ligados e esbarram nas exigências árabes de que se diferenciem terrorismo e resistência.

Um acordo sobre terrorismo é considerado crucial para o êxito da primeira cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Européia e seus dez membros do Mediterrâneo: Argélia, Egito, Marrocos, Tunísia, Síria, Líbano, Jordânia, Turquia, Israel e Autoridade Nacional Palestina.





Fonte: EFE

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