Dirigente é contra PP no palanque

O novo presidente estadual do PPS, Percival Muniz, voltou a admitir resistência em apoiar à coligação com o PP do deputado Pedro Henry, acusado de envolvimento no "mensalão". Apesar de prometer acatar a decisão da maioria do PPS, que defende aliança com o pepista, o novo presidente também não descartou disputar a vaga no Senado desejada por Henry.

Mantendo as posições polêmicas, Percival alegou que o PPS construiu ao longo dos anos uma história que não pode ser "maculada" por qualquer aliança política. Anteriormente, já havia afirmado publicamente que a coligação com Henry poderia causar desgaste eleitoral irreversível, já que o pepista corre o risco de perder o mandato por supostamente ter recebido o "mensalão".

"Nós temos uma história muito bonita e que não pode ser maculada assim. A política de alianças tem que ser bem discutida, mas eu sou apenas um voto vencido. Vou seguir o que a maioria quer", afirmou Percival. O governador Blairo Maggi ainda mantém apoio a Henry. Alega que fez um acordo com o parlamentar em 2002.

Segundo o ex-prefeito rondonopolitano, a coligação com o PP deve ser mantida independente do Congresso repetir ou não a verticalização - que é a obrigação das alianças nacionais nos estados. Diferente do PPS, a direção nacional da sigla já admite que não terá candidato próprio na sucessão de Lula. (TM)