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Politica Brasil
Sexta - 25 de Novembro de 2005 às 09:46
Por: Eugênia Lopes

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Por falta de um consenso entre o PT e o PSDB, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios adiou para o dia 1º a votação do relatório parcial com a movimentação financeira do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. O impasse está na inclusão no parecer parcial, apresentado há 15 dias pelo deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), do empréstimo feito por Valério para financiar a campanha à reeleição do então governador de Minas Gerais e atual senador, Eduardo Azeredo (PSDB).

Fruet concorda em pôr no documento a operação a Azeredo, desde que seja feito um capítulo tratando também do depoimento do publicitário Duda Mendonça, que falou sobre o caixa dois de campanhas estaduais de petistas, em 2002, como as de São Paulo, Rio Grande do Sul, Pará, Minas Gerais e Pará. O deputado do PSDB do Paraná também quer incluir na proposta o testemunho do ex-secretário nacional de Finanças e Planejamento do PT Delúbio Soares e do ex-coordenador financeiro da campanha do senador do PSDB de Minas Gerais, em 1998, Cláudio Mourão. Mourão admitiu que fez caixa dois na campanha à reeleição de Azeredo, sem o conhecimento dele.

"Não vou ser intransigente. Vou fazer um novo capítulo no relatório que irá abordar investigações que ainda não foram concluídas, incluindo os depoimentos do Mourão, do Duda Mendonça e do Delúbio. Quero acabar logo com essa história para não inviabilizar a CPI", disse Fruet. No relatório, ele pedirá ao Ministério Público (MP) o indiciamento do contador Marcos Prata, que foi empregado das empresas de Valério, por fraude fiscal e contábil. Na proposta original, o deputado do PSDB tinha pedido o indiciamento do ex-secretário nacional de Finanças e Planejamento do PT e do empresário.

"Só não aprovamos o relatório porque não fizermos a lição de casa, que era discutir a proposta, no devido tempo. Mas daqui até a semana que vem, vamos construir uma proposta de comum acordo com todos", afirmou o líder do partido no Senado e presidente da CPI, Delcídio Amaral (MS). Para incluir o senador do PSDB e os casos de caixa dois de campanhas estaduais do PT, Fruet e Amaral tiveram uma conversa com o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP). Em depoimento à comissão, Duda Mendonça disse que recebeu R$ 15,5 milhões de dinheiro não-contabilizado para fazer a campanha nacional e a de senadores petistas em alguns Estados.





Fonte: A Gazeta

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