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Politica Brasil
Sexta - 25 de Novembro de 2005 às 09:37
Por: Téo Menezes

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O governador Blairo Maggi (PPS) afirmou ontem que não deve nada à cidade de Cuiabá. Em resposta ao prefeito Wilson Santos (PSDB), que cobra compensação de R$ 15 milhões à Capital pela redução no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), alegou que já fez pelo município mais do que governos anteriores.

Maggi tem base eleitoral em Rondonópolis, cidade-pólo da região Sul, mas a vice-governadora Iraci França reside na Capital. O governador já foi criticado pela oposição como se estivesse excluindo Cuiabá de obras prioritárias.

O governador assegurou que não repassará os R$ 15 milhões à Capital, apesar de ter assumido compromisso com Wilson. Minutos antes de embarcar para Araputanga, o governador alegou que o desaquecimento na economia prejudicou os planos. Citou ainda que tem outras 140 cidades para se preocupar.

"Não devo nada à cidade de Cuiabá, até porque não sou eu quem define o Índice de Participação dos Municípios", diz Maggi. Afirma não se sentir um "devedor" em relação à Capital e não teme qualquer desgaste por isso.

"É só pegar as obras de Cuiabá e comparar com o que fizeram os governos anteriores. Cuiabá tem sim importância no contexto estadual, mas temos outras 140 cidades para cuidar, diferente do Wilson", completou Maggi, ao frisar a promessa do Executivo em cortar gastos. Além de desfazer unilateralmente o acordo com Wilson, que prometeu não recorrer à Justiça para aumentar o IPM de Cuiabá, Maggi considerou um erro prolongar a discussão sobre o ICMS para este ano. Argumenta que houve poucos avanços, mas o desgaste teria sido maior.

Outro lado - O prefeito Wilson Santos foi procurado ontem para comentar o assunto. Sua assessoria informou que ele estava em reunião fechada no gabinete e não poderia ser interrompido para falar sobre as declarações do governador. Em tom de ironia à demora de Maggi e na expectativa de ainda receber os R$ 15 milhões, conforme acordo feito em junho passado, Wilson prometeu recuar da lei que prevê para o ano que vem aumento de até 50% de IPTU.





Fonte: A Gazeta

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