Chapa de Muniz não é consenso no PPS

Apesar das articulações feitas por lideranças do PPS à composição de chapa única à eleição do novo diretório estadual, a bancada do partido na Assembléia Legislativa não está satisfeita. O deputado Mauro Savi, líder do governo no Parlamento, está disposto a entrar na disputa.

Segundo ele, os parlamentares têm que ser ouvidos. Savi explicou que só depois que foi definida a chapa é que os deputados foram consultados. Mauro admitiu ontem que pode encabeçar uma outra chapa. Ele disse que se reúne hoje com o governador Blairo Maggi para comunicar a disposição de disputar o cargo.

“Sendo a bancada coesa, nós não fomos ouvidos e temos todo direito a voto e de sermos votados”, avisou o parlamentar, ao confirmar sua candidatura à direção do partido numa chapa contrária à de Percival Muniz.

O congresso do partido, que acontecerá na sexta e no sábado, tinha definido previamente o nome do ex-prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz, como consenso.

A princípio, para contentar os deputados estaduais, que se posicionaram contrários à eleição de Percival Muniz para a presidência do partido, todos os parlamentares deverão integrar a chapa como vice-presidentes. Porém a primeira vice-presidência deverá ficar com o presidente do Intermat, Jair Mariano, para atender o grupo dos históricos do partido.

O prefeito de Rosário Oeste, Zeno Gonçalves, conforme Muniz, ficará com a secretaria geral do partido, tendo como 1º e 2º secretários Wagner Simplício e Elismar Bezerra, também do grupo dos históricos.

O secretário-chefe da Casa Civil, Luiz Antônio Pagot, deverá ser reeleito tesoureiro do partido, tendo como vice novamente o advogado César Zílio, que ocupa o cargo hoje em função da licença de Pagot.

Percival Muniz está em Cuiabá desde o último sábado (19) para discutir o assunto com as lideranças pepessistas. Segundo o ex-prefeito, todas as arestas já foram aparadas e a chapa será consensual.

Para Roberto França, atual presidente, a reclamação dos deputados, que alegavam que Percival poderia ter benefícios com a presidência do partido, uma vez que pode ser candidato a deputado estadual, está superada. “Essa discussão é inócua, não deveria nem existir, porque cercear este direito é anti-democrático”, disse ao ressaltar que em Mato Grosso todos os presidentes de partidos serão candidatos em 2006.

CONGRESSO - A abertura do encontro será às 19h do dia 25 no Hotel Fazenda Mato Grosso. Na ocasião, Roberto França, Percival Muniz e Jair Mariano deverão usar a palavra. Porém a participação do governador Blairo Maggi será somente no sábado, das 09h às 10h30.