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Politica Brasil
Quarta - 23 de Novembro de 2005 às 09:40
Por: Leonêncio Nossa

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O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou preocupação em relação ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci, mas revelou que o presidente deixou claro que ele permanecerá no cargo.

Segundo Aécio, Lula reiterou por várias vezes que a presença de Palocci no governo é importante para o crescimento da economia. Aécio relatou a reunião que Lula lhe contou que manteve na noite de anteontem, no Palácio do Planalto. "Senti no presidente uma disposição grande de manter Palocci à frente da economia. Seria surpresa (para mim) se ele sair", declarou, após se encontrar ontem com Lula. "Eu, pessoalmente, acho que a presença de Palocci é saudável", afirmou.

O governador de Minas Gerais acrescentou: "A não ser que surjam fatos absolutamente novos e fora de controle, acho que, para o Brasil, a presença do ministro Palocci é importante. Sobretudo nós, do PSDB, que temos condições de vencer as eleições presidenciais, preferimos assumir um país com a economia estabilizada e com contratos honrados e não um país desorganizado".

Aécio admitiu, indiretamente, que, em determinados momentos, os tucanos fazem uma oposição "inconseqüente" e "radical" em relação à administração federal. "A oposição que o PT fez ao governo Fernando Henrique Cardoso, radicalizada e inconseqüente, não serve de modelo ao meu PSDB", disse. "O PSDB tem uma referência na sociedade. Devemos fazer uma oposição dura e contundente, apontando as falhas do governo, mas que seja também construtiva."

Sobre a atuação dos tucanos nas comissões parlamentares de inquérito (CPIs), o governador de Minas disse que o partido não ficará a "reboque" do PFL.

"Deveríamos dedicar nosso esforço para construir um projeto para o País, não um projeto messiânico como o PT apresentou há três anos, mas um projeto sensato e com os pés no chão", declarou.

O governador mineiro evitou críticas diretas aos considerados possíveis candidatos tucanos à sucesso do presidente, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ou o prefeito da capital paulista, José Serra.





Fonte: A Gazeta

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