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Politica Brasil
Terça - 22 de Novembro de 2005 às 14:56

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O presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, disse, em depoimento à CPI dos Bingos, que pagou despesas do presidente Lula e de sua mulher, Marisa, que estavam em aberto na tesouraria do PT. Ele disse que assumiu as dívidas para não mais constranger o presidente, já que o então tesoureiro do PT Delúbio Soares dizia que as contas não fechavam e que Lula precisaria ter descontados os valores. A comissão suspeita que o dinheiro que pagou a dívida tenha saído de contas do empresário Marcos Valério, acusado de operar o "mensalão".

Okamotto afirmou que os R$ 29.436,26 pagos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva são referentes a várias contas do presidente, entre as quais uma viagem de ida e volta à China de sua mulher, Marisa, no valor de R$ 13.682,32; várias viagens internacionais de Lula para Cuba, França, Itália e Portugal; e pagamentos de assistência médica.

O presidente do Sebrae fez um longo relato sobre as despesas e sobre como elas ocorreram, contando que começaram a vir à tona depois que Lula pediu que encaminhassem a rescisão de seu contrato de trabalho, em dezembro de 2002, junto ao partido, segundo a Agência Senado.

Ele contou que Delúbio mostrou verbas que Lula tinha a receber do PT. Uma delas era de R$ 49,242 mil, relativos a saldo de salário, férias e 13º. Lula teria, porém, que descontar sobre esse montante pouco mais de R$ 17 mil, relativos a imposto de renda, INSS, e o PT queria também descontar R$ 29.436,26 a título de adiantamento a funcionário. Ficariam, então, R$ 2.446,59 de salário líquido a receber, conforme Okamotto.

"Ponderei a Delúbio que para fazer a rescisão do contrato eram necessários documentos comprovando os pagamentos e despesas, mas ele disse que não havia os documentos", afirmou.

Quando foi fazer a homologação da rescisão, Okamotto viu que o partido não havia feito descontos e tinha depositado um cheque de R$ 31.832 na conta de Lula. Okamotto contou que procurou Delúbio para fazer a rescisão, quando, então, foram levantadas as contas de Lula na contabilidade do partido. Daí para a frente, relatou, houve uma sucessão de problemas, até que Okamotto resolveu assumir a dívida, já que Delúbio disse que a conta do partido não fechava na tesouraria.





Fonte: Terra

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