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Politica Brasil
Terça - 22 de Novembro de 2005 às 09:21
Por: Noelma Oliveira

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Um grupo de cinco partidos iniciou ontem um ensaio para lançar candidatura própria ao governo do Estado e se contrapor à disputa à reeleição do governador Blairo Maggi (PPS). Fazem parte do bloco O PMDB, PTB, PL, PSL e PSC.

Na primeira reunião, os dirigentes partidários endureceram as críticas à atual gestão. O presidente do PMDB, Carlos Bezerra, afirmou que o processo político no Estado está estagnado. “No passado houve uma prática política equivocada que prejudicou o processo político”, disparou o ex-senador, se referindo à gestão Dante de Oliveira.

“O governo atual pode até ter boa intenção, mas de política pouco entende. Qualquer um ganhava a eleição em Mato Grosso, já que o ex-governador passou oito anos badalando o agrobusiness”, alfinetou Bezerra.

Segundo o ex-senador, os partidos políticos estão de fora do governo. “No inicio procurei ajudar, mas como ele (o governador) acha que sabe tudo, dane-se”, disparou Carlos Bezerra.

Para o dirigente peemedebista, o grupo deve definir um nome. Ele entende que pelo menos quatro candidatos vão disputar o governo, incluindo a candidatura à reeleição de Maggi. Além deste grupo constituído ontem, Bezerra acredita que o PT e o PSDB lançarão chapa própria. Com isso, diz ele, “está assegurado o segundo turno e com amplas chances de vitória para o candidato de oposição”.

Presidente do PL, deputado Welinton Fagundes, disse que mesmo iniciando esta semana na Câmara Federal as discussões sobre a verticalização o partido tem a autonomia nos estados para definir as alianças e, sobretudo, superar a cláusula de barreiras.

O deputado Ricarte de Freitas, dirigente estadual do PTB, disse que a reunião das executivas das legendas buscam um entendimento para um projeto político futuro no Estado. O ex-governador Osvaldo Sobrinho criticou a falta de oposição, principalmente em Mato Grosso, tanto na Assembléia Legislativa como na Câmara de Vereadores da Capital.

Segundo ele, para um projeto desta envergadura é necessário todos os partidos terem um mesmo nível de entendimento. Para ele, isso não aconteceu ontem, quando PTB e o PL chegaram humildemente, enquanto o PMDB mostrou egocentrismo. As lideranças peemedebistas deixaram claro que terão candidato à Presidência da República e que, consequentemente, os petebistas e liberais teriam que apoiar a candidatura.

“Projeto para dar certo tem que todo mundo se nivelar”, disse Sobrinho. Conforme Osvaldo, da direção do PTB, todos têm que calçar as sandálias de pescador.

Pelos entendimentos de ontem, das cinco legendas, não há obrigatoriedade de qualquer conversa com outros partidos ocorrer em grupo.





Fonte: Diário de Cuiabá

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