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CPI dos Bingos mira Buratti e Waldomiro
O relator da CPI dos Bingos, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), decidiu propor o indiciamento de Waldomiro Diniz, Rogério Buratti e outros envolvidos no caso da renovação do contrato da Caixa Econômica Federal com a multinacional GTech.
Waldomiro assessorou até o início de 2004 o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), e Buratti foi secretário de Governo na primeira gestão do ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) na Prefeitura de Ribeirão Preto.
O senador afirma que o relatório parcial sobre o caso GTech deve ser concluído até o dia 15 de dezembro. Caso o texto seja aprovado, as propostas de indiciamento dos envolvidos serão encaminhadas ao Ministério Público.
Waldomiro e Buratti são acusados de interceder pela renovação do contrato milionário da GTech com a Caixa, em 2003.
O ex-assessor de José Dirceu foi exonerado, "a pedido", no mês de fevereiro de 2004, quando veio à tona uma filmagem em que ele pedia propina ao empresário do jogo Carlinhos Cachoeira. O episódio foi o primeiro grande escândalo de uma série que atingiu o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em recente acareação na CPI dos Bingos, os dois foram chamados de "bandidos" por um representante da GTech, empresa que explora as loterias da Caixa. Buratti e Waldomiro negam qualquer interferência para a renovação do contrato. A Folha não conseguiu contatá-los ontem.
Palocci
Será a primeira leva de indicações de indiciamento da comissão, que até agora não apresentou nenhum relatório, nem sequer parcial. O único indiciado foi Vladimir Poleto, outro ex-assessor do ministro da Fazenda, acusado de mentir durante o seu depoimento à comissão.
Outro nome diretamente ligado a Palocci, Ademirson Silva, assessor do ministro, deve ter a data do seu depoimento marcada nos próximos dias. Amanhã será votado o requerimento de convocação do ministro Palocci. O governo e os congressistas fecharam um acordo segundo o qual o ministro da Fazenda poderá escolher uma data, nos primeiros 15 dias do mês que vem, para depor à comissão.
Palocci, que depôs na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado na semana passada, voltará à Câmara dos Deputados amanhã para falar em duas comissões diferentes, mas sobre nenhum tema ligado diretamente às acusações que enfrenta, entre elas a de cobrança de propina e o recebimento de mesadas de R$ 50 mil de empresas durante sua gestão como prefeito de Ribeirão Preto. Apesar disso, perguntas relacionadas às acusações poderão ser feitas.
Okamotto
A CPI também ouve nesta semana testemunhos de três frentes distintas de investigação. O depoimento mais ameaçador para o governo federal será o de Paulo Okamotto, presidente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e amigo antigo do presidente Lula.
Ele será questionado sobre um empréstimo de quase R$ 30 mil que Lula tomou do PT. Okamotto afirma ter saldado a dívida do amigo com recursos próprios, mas diz não ter como comprovar.
A comissão suspeita que a dívida tenha sido liquidada com dinheiro do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza.
Waldomiro assessorou até o início de 2004 o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), e Buratti foi secretário de Governo na primeira gestão do ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) na Prefeitura de Ribeirão Preto.
O senador afirma que o relatório parcial sobre o caso GTech deve ser concluído até o dia 15 de dezembro. Caso o texto seja aprovado, as propostas de indiciamento dos envolvidos serão encaminhadas ao Ministério Público.
Waldomiro e Buratti são acusados de interceder pela renovação do contrato milionário da GTech com a Caixa, em 2003.
O ex-assessor de José Dirceu foi exonerado, "a pedido", no mês de fevereiro de 2004, quando veio à tona uma filmagem em que ele pedia propina ao empresário do jogo Carlinhos Cachoeira. O episódio foi o primeiro grande escândalo de uma série que atingiu o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em recente acareação na CPI dos Bingos, os dois foram chamados de "bandidos" por um representante da GTech, empresa que explora as loterias da Caixa. Buratti e Waldomiro negam qualquer interferência para a renovação do contrato. A Folha não conseguiu contatá-los ontem.
Palocci
Será a primeira leva de indicações de indiciamento da comissão, que até agora não apresentou nenhum relatório, nem sequer parcial. O único indiciado foi Vladimir Poleto, outro ex-assessor do ministro da Fazenda, acusado de mentir durante o seu depoimento à comissão.
Outro nome diretamente ligado a Palocci, Ademirson Silva, assessor do ministro, deve ter a data do seu depoimento marcada nos próximos dias. Amanhã será votado o requerimento de convocação do ministro Palocci. O governo e os congressistas fecharam um acordo segundo o qual o ministro da Fazenda poderá escolher uma data, nos primeiros 15 dias do mês que vem, para depor à comissão.
Palocci, que depôs na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado na semana passada, voltará à Câmara dos Deputados amanhã para falar em duas comissões diferentes, mas sobre nenhum tema ligado diretamente às acusações que enfrenta, entre elas a de cobrança de propina e o recebimento de mesadas de R$ 50 mil de empresas durante sua gestão como prefeito de Ribeirão Preto. Apesar disso, perguntas relacionadas às acusações poderão ser feitas.
Okamotto
A CPI também ouve nesta semana testemunhos de três frentes distintas de investigação. O depoimento mais ameaçador para o governo federal será o de Paulo Okamotto, presidente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e amigo antigo do presidente Lula.
Ele será questionado sobre um empréstimo de quase R$ 30 mil que Lula tomou do PT. Okamotto afirma ter saldado a dívida do amigo com recursos próprios, mas diz não ter como comprovar.
A comissão suspeita que a dívida tenha sido liquidada com dinheiro do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza.
Fonte:
24 HorasNews
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/334753/visualizar/
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